4 de novembro de 2023
- Há exatamente um ano, o Fluminense conquistava o título da Copa Libertadores da América
Por Fabio Sá
Hoje é dia 4 de novembro.
Quantas vezes ouvimos esse mantra ao longo do ano passado? O mantra de um líder para o seu time, para um grupo de campeões em formação.
Muitos dias foram 4 de novembro -- daquela final do Estadual inesquecível, 4x1 delicioso, golaço do Marcelo, mais um créu "normal" na história do mundo -- até a maior final de todos os tempos de todas as Libertadores.
Aquela aula "cátedra'" de futebol no River -- ali já era dia 4 de novembro.
Samuel Xavier artilheiro lá e cá? -- 4 de novembro.
Olímpia? (e nunca deixemos a imundície esquecer que eles amarelaram pro Olimpia só pra evitarem outro créu) -- 4 de novembro.
Inter no Maraca -- pqp, que jogo maluco -- com aquele gol espírita do monstro Cano, premiando um time que não desistiu de jogar mesmo com 1 a menos por quase 1 hora.
E o Inter em POA -- o que foi aquilo? Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé. Quatro mil cantando mais que 50 mil, e a história não deixando que um tropeção (literalmente) punisse o melhor goleiro do Brasil. Time de guerreiros na sua essência. Não nos mataram quando puderam, então que sofram nos pés do moleque Urso e do sonho que não acabou (estava mais vivo do que nunca). Era uma noite especial, não tinha como ser de outro jeito.
E eis que veio, de fato, o 4 de novembro. Um dia que começou tantos e tantos anos atrás, que a gente nem se lembra quando foi.
Uns dizem que 15 anos antes, naquela cicatriz que precisou de mais um cadinho pra fechar -- sábios são os deuses do futebol que nos puseram frente a 'eles' novamente, pouco depois, num dia que não era 4 de novembro, mas que também era.
Outros dizem que esse dia começou lá em 1902, no fim de julho, ou, décadas depois, numa das muitas canetadas do maior escritor de futebol da história da humanidade. Óbvio e ululante.
E que, desde então, esse dia vem permeando as nossas vidas num lapso do espaço-tempo só possível dentro das quatro linhas.
Deixo a crença para os religiosos -- nós não precisamos acreditar, nós sabemos, porque vivemos. Nós vivemos o Fluminense e, assim, vivemos esse dia desde 40 minutos antes do nada.
Com o perdão dos autores (aliás, parabéns pela composição), eu canto por suas cores -- vivo pelo seu verde, branco e grená.
Hoje é dia 4 de novembro. Mas poderia ser 21 de julho. Ou tantos e tantos outros dias marcados pra sempre nas nossas vidas. Há tantos anos juntos na vitória e na derrota.
Parabéns ao dono da última plaquinha da taça. Ao campeão no maior do mundo, na final das finais.
04.11.2023. Que nenhuma distração temporária -- porque tudo é temporário, só o Fluminense tem a vocação para a eternidade -- nos faça esquecer disso.
Contigo estarei.
Saudações Tricolores