Justiça suspende votação por impeachment de Augusto Melo e presidente do Corinthians comemora com torcida
- Presidente é alvo de mais de um processo para afastamento do cargo
- Conselheiros e sócios decidem se ele continua ou não
Por Bia Palumbo
O Corinthians viveu um dia intenso nos bastidores com reunião sobre o futuro de Augusto Melo. O presidente é alvo de dois processos de impeachment liderados por membros da oposição como ex-presidentes. Um deles seria decidido em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do clube aconteceria nesta segunda-feira (2) no Parque São Jorge, que movimentou policiais por questão de segurança e foi cercada por protestos de torcedores. No entanto, o mandatário entrou na Justiça e conseguiu autorização para suspender a votação e a nova data não foi divulgada, mas deve acontecer apenas em 2025 por conta do recesso de fim de ano.
"Defiro o efeito suspensivo almejado para determinar o sobrestamento da reunião extraordinária convocada para esta data (02.12.2024), sob pena de multa de R$ 100 mil reais, sem prejuízo da cominação das penalidades previstas para a hipótese de desobediência", cita o documento emitido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
O presidente então fez questão de encontrar alguns apoiadores que estavam no local, inclusive representantes de torcidas organizadas, e publicou nas redes sociais um vídeo com a legenda "não vai ter golpe".
Caso os conselheiros aprovem o afastamento do presidente quem assume de forma interina é Osmar Stábile e então sócios do clube participam de uma assembleia geral para definir se Augusto Melo fica no cargo. Um dos principais motivos da investigação é sobre o acordo de patrocínio com a casa de apostas VaideBet.
Motivos para o impeachment segundo o estatuto do Corinthians
- ter praticado crime infamante, com trânsito em julgado da sentença condenatória;
- ter acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians;
- não terem sido aprovadas as contas da sua gestão;
- ter infringido, por ação ou omissão, expressa norma estatutária;
- prática de ato de gestão irregular ou temerária.