Brasil empata novamente e termina 2024 em quinto lugar nas Eliminatórias da Copa
- Seleção saiu atrás do Uruguai, mas ao menos conseguiu somar um ponto
- Mais uma vez, equipe demonstrou futebol de pouca inspiração
Por Fabio Utz
Já virou rotina a Seleção Brasileira jogar pouco. E, nesta terça-feira (19), na última apresentação da temporada, a baixa qualidade do futebol veio acompanhada de mais um empate. Sim, a Data Fifa de novembro se encerra sem um triunfo sequer.
Em plena Arena Fonte Nova, a equipe do técnico Dorival Júnior ficou no 1 a 1 com o Uruguai. O duelo foi válido pela 12ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Com o resultado, o Brasil encerra a temporada ocupando apenas a quinta colocação na tabela de classificação com 18 pontos, atrás de Argentina (25), do próprio Uruguai (20), Equador (19) e Colômbia (19).
Definitivamente, a Seleção Brasileira não consegue evoluir. Quem viu a partida notou, claramente, que ela tem muita dificuldade para tirar qualquer adversário do seu lugar e, assim, poder fazer com que a qualidade técnica individual apareça. O primeiro tempo do jogo, aliás, foi o reflexo deste atraso. Muito embora a movimentação de Raphinha, novamente o melhor em campo, o goleiro Sergio Rochet foi quase um espectador. E vamos combinar: isso não combina com Brasil.
Quando veio a etapa final, quis o destino que, logo após a ação mais lúcida do time, que culminou com um chute de Vinicius Junior que saiu raspando a trave, o Uruguai abrisse vantagem - aliás, botando o adversário quase que na roda. Valverde foi o responsável por acertar o canto de Ederson. A partir daí, se algo de positivo se viu na Seleção, elenca-se o poder de reação. A equipe parece que acordou com a entrada de ponteiros em profusão.
Depois de um cruzamento de Raphinha - mal afastado - , Gerson acertou um arremate de primeira, de rara beleza, para deixar tudo igual. Foi a primeira bola na rede do meio-campista do Flamengo com a camisa amarela, premiando o jogador brasileiro de melhor performance no país ao longo de 2024. A partir daí, é verdade, o Brasil passou a frequentar com mais frequência a área celeste, com os marcadores tendo que correr atrás de Vini e companhia. Em um ou outro lance, na base da velocidade, a frente se abriu. Mas daí faltou a conclusão. E, sem arremate, ficou inviável virar o duelo.