Um clube perdido! Discurso de ódio e em tom ameaçador pode levar Grêmio para o buraco
- Tricolor perdeu rumo por completo, e direção não dá o braço a torcer
- Exemplo de 20023/2004 precisa estar na memória dos dirigentes
Por Fabio Utz
O Grêmio vai ficar na primeira divisão do futebol brasileiro para 2025? Tudo indica que sim, muito embora o péssimo futebol apresentado ao longo de toda a temporada e os desmandos de uma direção que em nenhum momento olhou para o próprio umbigo para analisar os incontáveis erros de avaliação na montagem do atual plantel. Mas...onde tudo isso vai parar? Não saberia responder neste momento.
Estamos falando de um clube colocado contra a parede e que não traçou uma mínima estratégia para se comunicar com o seu torcedor nesta hora difícil. De nada adianta o presidente Alberto Guerra e o técnico Renato Portaluppi pedirem apoio se, junto, vem um discurso retrógrado e até ameaçador. O que o treinador azul falou após o empate com o Cruzeiro não pode passar incólume. Em mais um capítulo de sua guerra contra a imprensa - apoiada pela direção -, deixou claro que pode jogar profissionais e suas famílias contra os leões raivosos que, assim como quem está nos bastidores da Arena, procuram longe do seu nariz um culpado para o momento aterrorizante.
O time não joga nada, Renato não admite o mau trabalho e Guerra não quer dar o braço a torcer de que, junto a seus aliados, pensou tudo errado. Quando não se sabe a razão de um fracasso, a tendência é de que o cenário piore. É impossível por exemplo, esquecer os fatídicos anos de 2003 e 2004. No primeiro, o Grêmio escapou do descenso por milagre. No segundo, caiu com sobras.
O futebol é cruel com quem não se planeja. E o Grêmio, desde quando, por meio de seu vice de futebol, Antônio Brum, na virada para 2024, disse que o elenco havia perdido "praticamente só o Suárez", mostrou que estava indo na contramão dos fatos. Os episódios extracampo ocorridos ao longo da temporada - enchente, necessidade de se atuar fora do Rio Grande do Sul entre outros - serviram de álibi para o desastre. E não é assim que se trabalha em um ambiente que deve ser altamente profissional.
Desconsiderar esses pontos é, por óbvio, impossível. Mas se utilizar deles para sentar no ego e não fazer nada para melhorar é de uma soberba inominável. O Tricolor se perdeu por completo. E, se não souber que precisa retomar um rumo o mais rápido possível, vai continuar convivendo com uma rotina que, logo ali na frente, cobrará um preço para lá de caro. Como eu disse, basta olhar para 2003/2004...
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