Conheça o Pachuca, adversário da estreia do Botafogo na Copa Intercontinental
- Clube mexicano entra no torneio como campeão da Concachampions
- Técnico é o uruguaio Guillermo Almada, que assumiu na temporada 2021/22
Por Bia Palumbo
O Mundial de Clubes voltou a chamar Copa Intercontinental e o Botafogo estreia contra o Pachuca (México) na quarta-feira (11), às 14h (de Brasília), no Estádio 974, em Doha (Catar). Batizado de Dérbi das Américas, o confronto coloca frente a frente os mais recentes vencedores da Libertadores e da Liga dos Campeões da Concacaf. Quem avançar enfrenta o Al Ahly (Egito), que eliminou o Al Ain (Emirados Árabes) por 3 a 0. No playoff anterior a equipe do Oriente Médio tinha deixado para trás o Auckland City (Nova Zelândia).
Sendo assim, neste momento há quatro clubes na luta pelo título. Um deles é o Real Madrid, que pelo regulamento da FIFA tem vaga direta na decisão. Vamos então falar mais sobre o adversário do Glorioso, time que em junho faturou a Concachampions ao vencer o Columbus Crew (EUA) por 3 a 0. O craque do jogo foi Salomón Rondón, autor de dois gols, e Rodríguez ampliou. O venezuelano de 35 anos terminou como artilheiro da competição e em seguida participou da Copa América que aconteceu nos EUA.
Na temporada 2024/25 o time não vive boa fase. São apenas três vitórias em 17 jogos, além de quatro empates e 10 derrotas. A equipe terminou o Campeonato Mexicano em 16º lugar, o antepenúltimo colocado, com 13 pontos.
Desde a temporada 2021/22 o time é treinado pelo uruguaio Guillermo Almada, que já trabalhou no Barcelona de Guayaquil (Equador) e Santos Laguna e o plantel atual é formado basicamente por mexicanos. O único brasileiro do elenco é o recém-chegado zagueiro Eduardo Bauermann, ex-Santos, anunciado como reforço na semana passada.
Uma das estrelas dos Tuzos, apelido do Pachuca, é Oussama Idrissi. Nascido na Holanda, o ponta de 28 anos foi contratado em agosto de 2023, defende a seleção marroquina e já passou por grandes clubes europeus, como Ajax e Sevilla. Tem bom passe e controle de bola.
Outro que merece atenção da defesa botafoguense é o colombiano Nelson Deossa, de 24 anos. O meio-campista costuma circular por toda a faixa central, sem avançar muito à área, mas protege a defesa, possui bom índice de bolas recuperadas e visão de jogo que aproveita para fazer lançamentos.
Pachuca na Libertadores
Ao longo dos anos o formato da Libertadores mudou e houve uma época em que mexicanos disputavam da competição. A participação mais recente dos Tuzos foi em 2009, quando caíram ainda na primeira fase após 2 a 2 com a Universidad de Chile.
Um dos títulos mais importantes da história do Pachuca veio em 2006, quando venceu o Colo-Colo por 3 a 2 na soma dos placares e tornou-se o único clube da América do Norte a ser campeão da Copa Sul-Americana. Na campanha eliminou o Athletico-PR com direito a 5 a 1 no agregado.
Retrospecto do Pachuca contra brasileiros
Além do Furacão, o histórico recente do Pachuca contra clubes do Brasil inclui vitória por 2 a 1 e derrota por 4 a 0 para o Internacional na Recopa de 2007.
Dez anos mais tarde enfrentou o Grêmio na semifinal do Mundial de Clubes de 2017 e Everton Cebolinha fez o único gol que classificou o Tricolor Gaúcho para a decisão contra o Real Madrid. Nesta época o Pachuca tinha o uruguaio Diego Alonso como treinador e o atacante Germán Cano no elenco.
O nome Pachuca vem da cidade homônima distante cerca de 100km da capital Cidade do México. Eles costumam mandar seus jogos no Estádio Hidalgo, que comporta cerca de 30 mil torcedores e foi inaugurado em 1993. São sete títulos do Campeonato Mexicano ao longo da história e seis edições da Concachampions. O maior rival é o Cruz Azul e o auge em termos de conquistas aconteceu no início dos anos 2000.