Corinthians diz que pagar dívida é "inviável" no modelo atual e pede "boa vontade" ao Cuiabá

  • Presidente do Dourado disse que clube paulista está dando um golpe no futebol brasileiro
  • CEO do Alvinegro, Fred Luz fala em "exagero"
Raniele trocou o Cuiabá pelo Corinthians neste ano
Raniele trocou o Cuiabá pelo Corinthians neste ano / Ricardo Moreira/GettyImages
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"A situação do Corinthians é ridícula, está dando um golpe no futebol brasileiro”. A frase é de Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, durante entrevista à Rádio Bandeirantes por atraso no pagamento da transferência de Raniele, meio-campista que trocou o Dourado pelo Alvinegro do Parque São Jorge neste ano.

Segundo o site ge.globo, o acordo incluiu um parcelamento com entrada de 800 mil euros, que já foi quitada, além de 400 mil euros até 1º de agosto, 400 mil euros até 30 de novembro e
900 mil euros em julho de 2025. O dirigente confirmou que tem uma pendência com o rival paulista referente à ida do atacante Marquinhos para o APOEL (Chipre) em 2022.

"Infelizmente, a gente já previa que teria problemas com o Corinthians, até por isso colocamos uma cláusula com multa de 30% do valor total se houvesse atraso, além da antecipação de todas as parcelas a vencer. Como é que a gente vai pagar 60 mil euros a um clube que me deve R$ 14 milhões? A gente notificou o Corinthians do recebimento e vamos abater da dívida. Isso é muito simples."

Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá

Nesta segunda-feira (14) o CEO do Corinthians, Fred Luz, respondeu ao mandatário do clube mato-grossense, admitindo que o clube não tem condições de regularizar o débito neste momento.

"Não é que o clube seja caloteiro, aí vou pedir licença para o Cristiano e dizer que ele exagerou e muito. No momento adequado essas respostas serão dadas. O que tem é um descasamento entre a capacidade de pagamento do Corinthians e o vencimento dessas dívidas do clube no curto prazo. Nós vamos precisar da compreensão, inclusive do Cristiano, sei que foi tentado isso mas não se chegou a um bom termo, mas acredito que se chegará. Porque é inviável o Corinthians pagar da forma que essa dívida está comprometida. O Corinthians precisa, sim, da boa vontade dos credores, mas está muito longe de ser golpe, é uma renegociação. É possível pagar, manter uma relação e garantir o direito do credor no médio a longo prazo. O problema da dívida do Corinthians é o reescalonamento, e a diretoria do clube está num processo de conversas e renegociação. Tem, sim, uma dificuldade de honrar até mesmo com esses tumultos que eventualmente esses credores trazem para o Corinthians, achando que estão defendendo o interesse particular deles que fazem o Corinthians ser inadimplente com os demais."

Fred Luz, CEO do Corinthians, ao UOL

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