Os destaques negativos do Cruzeiro na final da Sul-Americana
- Cabuloso perdeu por 3 a 1 para o Racing e ficou sem taça nem vaga direta na Libertadores
- Clube argentino conquistou o primeiro título internacional em 36 anos
Por Bia Palumbo
Carrasco dos brasileiros, o Racing é campeão da Copa Sul-Americana. O clube argentino venceu o Cruzeiro por 3 a 1 neste sábado (23), no Estádio ueno La Nueva Olla, em Assunção (Paraguai). Martirena, Adrián Martínez e Roger Martínez marcaram e Kaio Jorge descontou. O placar poderia ter sido mais elástico, afinal La Academia ainda teve um gol anulado e administrou bem a vantagem construída com dois gols num intervalo de cinco minutos, sendo que aos 20 de jogo já estava 2 a 0.
"Eles conseguiram fazer os gols e depois conseguimos acordar na partida, jogar, terminar parelho. No segundo viemos com mais energia, fizemos o gol e entramos na partida e controlamos um pouco o jogo. Faltou um pouco de contundência para fazer o segundo. Faltou mais finalizar ao gol, mais chances claras, mas tentamos o máximo. Agradecer à torcida que veio em peso, reconhecer o nosso trabalho e continuar firme. Já passou, agora é cabeça erguida porque temos muita coisa pela frente."
- Lucas Silva, do Cruzeiro
Quem do Cruzeiro decepcionou na final da Sul-Americana
1. Walace
Substituído ainda no primeiro tempo, foi o símbolo de um time que deu impressão estar desconectado de uma decisão. Falhou três vezes na tentativa de afastar a bola no lance que gerou o gol de Martirena: primeiro o passe lateral, depois com uma cabeçada que voltou para o rival e na hora H não travou o chute que entrou direto.
2. Lucas Villalba
Cercou Martínez, mas sem interceptar o cruzamento que deixou Martirena livre para balançar a rede aos 3 minutos e teve a sorte que o lance foi invalidado. No segundo o artilheiro apareceu nas costas e finalizou com o camisa 25 já caído. Protagonizou a primeira finalização perigosa do time, mas não pegou em cheio, facilitando a defesa de Arias.
3. Cássio
Não fechou o ângulo na hora do tento anulado. Traído pela curva e altura no primeiro gol, estava ligeiramente adiantado, e no outro talvez poderia ter se esticado para cortar o cruzamento.
"A gente não conseguiu jogar, isso ficou nítido. Enfrentou uma equipe que explorou o que tem de melhor que é brigar pela segunda bola e tomamos dois gols. No segundo tempo a gente equilibrou o jogo, teve chance de empatar e não conseguiu, no desespero tomou o terceiro. É triste, doloroso perder o título pela maneira que chegamos na final. Sempre um aprendizado para terminar bem o Brasileiro e fazer grandes jogos para o ano que vem forte. Não estava aqui outros anos, mas o sentimento era conseguir esse título por tudo que aconteceu no passado, a reconstrução e a subida. Não tem muito o que falar, só pedir desculpa por não ter conseguido o título, a gente queria muito, trabalhou e infelizmente não conseguiu dar essa alegria para os torcedores."
- Cássio, goleiro do Cruzeiro
4. Gabriel Veron
No melhor momento celeste do confronto, quando estava 2 a 1, recebeu na entrada da área e finalizou mal, carimbando o rival. Pouco avançou no último terço nem explorou suas melhores características, que são o drible e a velocidade, tanto que foi substituído no fim.
5. William
Começou o jogo sofrendo com Salas, que incomodou demais pela direita, e depois do intervalo ficou mais preso. Para um atleta que é um dos capitães e líder em assistências esperava-se um pouco mais.
6. Fernando Diniz
Aparentemente o que ele planejou não deu certo, afinal o Racing foi eficiente ao potencializar seu estilo. O time demorou a entrar no jogo, sem demonstrar o espírito de um duelo decisivo. Demorou a tirar Marlon e Veron, que não foram bem. Poderia ter feito as alterações ofensivas antes, afinal Lautaro Díaz e Barreal conseguiram se movimentar mais.