Dupla do Botafogo salva Seleção Brasileira e garante vitória de virada diante do Chile

Alívio misturado com preocupação? Talvez seja este o resumo do duelo entre Brasil e Chile, nesta quinta-feira (10), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Alívio pelo resultado obtido no apagar das luzes, mas preocupação com mais uma atuação burocrática da equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior.

O 2 a 1 diante do vice-lanterna da disputa continental foi construído na base da insistência, mas sem muita organização e lucidez. O resultado deixa a Seleção Brasileira na quarta colocação da tabela. Passada metade da disputa, o único país pentacampeão do planeta tem 13 pontos - quatro vitórias, um empate e quatro derrotas - , seis a menos que a líder Argentina. Por sua vez, os chilenos, em nono lugar, têm apenas cinco pontos.

Em Santiago, a Seleção conseguiu a proeza de sofrer o seu gol mais rápido na história das Eliminatórias: um minuto e oito segundos. Foi de cabeça, do baixinho Eduardo Vargas, que subiu sem marcação e se aproveitou de um início frouxo e desatento do time de um pressionado Dorival. Aliás, se não houvesse acréscimos na primeira etapa, o Brasil iria para o intervalo atrás no placar. Menos mal que Savinho, no derradeiro lance, encontrou Igor Jesus dentro da área, e este, também de cabeça, deixou tudo igual logo na sua estreia com a camisa canarinho.

Como curiosidade, o Botafogo, clube do centroavante, é aquele que mais cedeu atletas para a Seleção em Copas, mas não tinha um jogador seu balançando as redes pelo país desde 1998 - com Bebeto, na vitória por 3 a 2 sobre a Dinamarca no Mundial da França. Ok, mas e o segundo tempo? Serviu para mais um atleta do Glorioso ir a campo e garantir o triunfo. Aos 44 minutos, Luiz Henrique saiu do banco para, em uma jogada toda dele, deixar a ponta direita, invadir a área e chutar cruzado, no canto, para também comemorar seu primeiro tento pelo país. Alívio. Mas com uma pitada de preocupação.

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