Garro fala sobre adaptação no Corinthians, seleção argentina e parceria com Memphis: "Não é só futebol"

Camisa 10 de classe, maior garçom do Brasileirão, eleito um dos melhores meias do torneio e líder em estatísticas como passes certos, chances claras de gol, gols de fora da área e mais. É claro que estamos falando de Rodrigo Garro, que conquistou o futebol brasileiro pouco menos de um ano depois de chegar com status de melhor jogador do campeonato argentino. 

O meia, que passa as férias com a família em sua terra natal, falou ao Diário Olé sobre a primeira — e desafiadora — temporada no Corinthians, a chegada de Memphis Depay e, claro, do sonho de vestir a camisa celeste. 

“Foi um ano difícil para mim de adaptação. Quando cheguei, o Corinthians estava mal, eu mesmo tive que pagar o hotel”, disse. “Fiquei um mês e meio sem jogar por conta de um problema com o Talleres, depois fiz o primeiro gol contra o Palmeiras em um clássico. O Corinthians é como um Boca da Argentina”, comparou.

Apesar de ter alcançado as semifinais nas duas Copas que disputou em 2024, o Corinthians lutou contra o rebaixamento durante mais da metade do ano. “A chegada de Ramón foi muito importante pela injeção anímica que nos deu. Ficamos 24 rodadas no Z4. Não podíamos sair na rua. Estamos falando de um clube com mais de 30 milhões de torcedores e que joga para 48 mil pessoas todos as partidas”, disse Garro.

E falando em Memphis... O trio formado por Garro, Yuri Alberto e Memphis Depay encantou não somente a torcida do Timão, mas a todos os que amam o futebol. Com um ataque fulminante, o Corinthians marcou 37 gols após a estreia do holandês, sendo que 34 tiveram a participação de pelo menos um deles.

“Memphis me surpreendeu principalmente como pessoa. Ele nunca fala sobre o que ganhou ou sobre o que tem. Futebolisticamente, é um craque. Pode te deixar mano a mano em uma jogada, pode driblar três caras de uma vez e sair livre. Além disso, é muito forte mentalmente, tem um temperamento especial”, analisou. Ele não é só um jogador de futebol, mas tem toda uma estrutura por fora e é incrível como ele administra isso. Vai à favela ajudar as pessoas, me pediu um vídeo para uma criança com cancer. Ele é muito especial nesse sentido, não é só futebol. Me surpreendeu", finalizou.

O sonho de jogar na seleção argentina... e com Lionel Messi

Como todo jogador, ter a oportunidade de vestir a camisa de sua seleção é um dos sonhos de Rodrigo Garro. Ter um técnico argentino pode ajudar. O técnico corintiano, Ramón Díaz, inclusive, já afirmou que quer ajudar o camisa 10 a chegar lá.

"Se fala muito de seleção no Brasil. Sempre que me perguntam, falo a mesma coisa: tenho que respeitar os que estão lá agora, porque ganharam tudo. São ídolos em seu país e em suas equipes", iniciou Garro. "Jogar pela seleção é um sonho. (…) Sei que tenho que trabalhar e seguir mantendo um bom nível, não me sinto nem mais nem menos que ninguém. Tenho que conquistar essa oportunidade", completou.

"Não conheço o Messi. Para mim é um deus. Não pude nem vê-lo jogar, imagina então o que seria pra mim jogar com ele.""

- Rodrigo Garro, em entrevista ao Olé