Justiça condena ex-presidente do Internacional à 12 anos de prisão; ex-vice recebe pena maior
- Investigações apontam que ex-dirigentes desviaram R$ 13 milhões do Inter
- Vitorio Piffero e Pedro Affanato já haviam sido condenados a 10 anos de prisão na primeira sentença
![Vitório Piffero é ex-presidente do Internacional Vitório Piffero é ex-presidente do Internacional](https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_crop,w_3543,h_1992,x_0,y_98/c_fill,w_720,ar_16:9,f_auto,q_auto,g_auto/images/voltaxMediaLibrary/mmsport/90min_pt-BR_international_web/01jd888hf42hvbh62hjx.jpg)
Nesta quinta-feira (21), a Justiça do Rio Grande do Sul condenou o ex-presidente do Internacional, Vitorio Piffero, à 12 anos e três meses de prisão pelos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. O dirigente e demais acusados foram criminalmente responsabilizados pelo desvio de dinheiro do Inter para benefício próprio entre 2015 e 2016, a partir da relação com empresas de turismo e transporte.
O ex-vice-presidente Pedro Affanato recebeu a condenação de 76 anos, um mês e 15 dias de prisão. Além de ter cometido os mesmos crimes de Piffero, o ex-vice do Inter também acabou sendo condenado por organização criminosa, devido à utilização do dinheiro do inter para o pagamento de um cruzeiro com destino ao Caribe, além de uma viagem para o Reveillón do Rio de Janeiro.
Os empresários, Sergio Luiz Gomes da Cunha, Marconi Müller e Maria Coreti Lippert, além de Constance Muller Piffero, esposa do ex-presidente, também foram condenados a penas que variam de quatro a 62 anos de prisão. O empresário Lucas Mantelli da Cunha foi absolvido de todas as acusações. Por fim, todos os condenados serão obrigados a indenizar o Internacional.
Vitorio Piffero pretende recorrer em liberdade
O advogado Nei Breitman, representante de Vitorio Piffero, afirmou em contato ao site “GE” que irá utilizar-se do direito de recorrer à decisão e acredita na absolvição de seu cliente. A decisão judicial prevê que todos os condenados podem recorrer da decisão em liberdade.
"De qualquer modo, já adianto que a condenação de Vitorio Piffero está relacionada com a circunstância de exercer à época a Presidência do Clube. Reafirmamos a inocência do Sr. Vitorio nesse contexto e, especialmente, pelo fato que gerou sua condenação. Iremos recorrer e confiamos na reversão da sentença."
- Nei Breitman
A sentença da 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro consiste na terceira sentença judicial sobre as irregularidades no Internacional durante a gestão de Vitorio Piffero. Por fim, todos os processos são oriundos da Operação Rebote, deflagrada em 2018, para investigar um esquema que termia deixado um rombo de R$ 13 milhões no clube.
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