Leila Pereira diz que vai sugerir a clubes trocar Conmebol pela Concacaf após racismo
- Presidente do Palmeiras volta a contestar punição por episódio na Libertadores sub-20
- Atacante Luighi saiu de campo chorando após ser hostilizado por torcedores do Cerro Porteño
Por Bia Palumbo

O Palmeiras voltou a se manifestar após a Conmebol divulgar a punição ao Cerro Porteño (Paraguai) por caso de racismo na Libertadores sub-20. Na semana passada o atacante palmeirense Luighi foi xingado e recebeu até uma cusparada de torcedores do time rival em duelo realizado no Estádio Gunther Vogel, na cidade paraguaia de San Lorenzo. O atleta de 18 anos saiu de campo chorando e a diretoria cobrou medidas severas como a exclusão do clube, o que não aconteceu. A CBF endossou o coro, mas a Conmebol decidiu por aplicar multa de 50 mil dólares e jogo com portões fechados na competição.
"Estou indignada com a pena aplicada pela Conmebol, 50 mil dólares e portões fechados, sendo que o Cerro Porteño nem está mais na competição. Sub-20 não tem público, tinha meia dúzia de racistas naquele dia. A pena de 50 mil dólares para um crime de racismo... se você atrasa um minuto para entrar em campo são 100 mil dólares, 78 mil se acender sinalizador. Vejam como a Conmebol encara o crime de racismo. É um absurdo. Escrevemos uma carta... Não só o Palmeiras, mas o clubes da Libra e LFU assinam, para a Fifa, solicitando que ela intervenha nos casos de racismo e que intervenha na Conmebol para que as penalidades sejam mais pesadas porque só com a certeza da punição vamos coibir esse tipo de crime. Protocolamos a carta hoje e vamos seguir acompanhando de forma firme, de perto. As lágrimas do Luighi machucaram o mundo inteiro. Nós temos que tomar medidas firmes com relação à Conmebol. Não é possível."
- Leila Pereira, presidente do Palmeiras
A mandatária alviverde sugeriu ainda que os clubes mudem para se unir à Concacaf, com representantes da América do Norte, Central e Caribe. A entidade também organiza uma competição continental equivalente à Libertadores conhecida como Concachampions ou então Liga dos Campeões da Concacaf.
"O Brasil representa 60% da receita da Conmebol e os clubes brasileiros sendo tratados desta forma. Vou lançar uma ideia, uma reflexão para todos nós: já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime, não consegue tratar os brasileiros com o tamanho que os clubes representam, por que não pensar em nos filiarmos à Concacaf? Só assim vão respeitar o futebol brasileiro. É uma coisa a se pensar. Tenho uma reunião quarta-feira na CBF, vou conversar com os clubes brasileiros que vão estar lá e com o presidente Ednaldo. É uma semente a se plantar. Se não somos respeitados aqui na América do Sul, por que não ir à Concacaf? Com certeza financeiramente seria melhor para os brasileiros. Poderíamos pensar seriamente sobre isso."
- Leila Pereira, presidente do Palmeiras
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