5 motivos que explicam Igor Jesus como titular da Seleção Brasileira
- Atacante do Botafogo é uma das novidades para jogo contra o Chile
- Técnico da Seleção Brasileira anunciou mudanças para jogos contra Chile e Peru
Nesta quarta-feira (9), o treinador Dorival Júnior anunciou a escalação da Seleção Brasileira diante do Chile com a presença de Igor Jesus. O atacante do Botafogo herdou a vaga que no último jogo foi de Endrick para formar um quarteto ofensivo diante de uma das piores equipes das Eliminatórias da Copa do Mundo nesta 9ª rodada.
O duelo, que será disputado no Estádio Nacional de Santiago, às 21h (de Brasília) desta quinta-feira (10) confirma também a mudança tática para o 4-2-3-1, deixando o camisa 99 do Glorioso com mais responsabilidade em sua estreia pela equipe canarinho.
"A ideia era essa, foi mantida. Os treinos nos mostraram coisas boas. Todo mundo muito concentrado para que possamos fazer dois jogos dentro de um nível diferente principalmente do primeiro tempo da última partida. Esse é um objetivo que todos nós temos para que possamos reverter esse quadro momentâneo."
- Dorival Jr, técnico, Seleção Brasileira
Após a confirmação das mudanças o 90min preparou uma lista com algumas razões referentes a essa opção da comissão técnica.
1. Boa fase
Escalar Igor Jesus entre os 11 vai ao encontro das ideias expressas por Dorival desde sua apresentação, com a escolha pelos atletas que estão desempenhando melhor entre os convocados. Desde sua estreia pelo Alvinegro de General Severiano, o atacante de 23 anos é o líder de finalizações (44), chutes no alvo (22), jogos disputados (18), gols (7) e participações em gols (8), segundo dados do SofaScore. Considerando todos os centroavantes, ele lidera quesitos em passes decisivos (20), duelos ganhos (111) e faltas sofridas (46).
"Ganhar a confiança do Dorival para representar a seleção é gratificante. Espero fazer um bom trabalho para que possa voltar mais vezes. Podem ter certeza que vamos fazer o nosso melhor aqui para que possamos alcançar nosso objetivo que é a vaga para a Copa do Mundo. "
- Igor Jesus, atacante do Botafogo.
2. Oscilação de Endrick no Real Madrid
Em contrapartida, o retrospecto recente do camisa 16 do Real Madrid foi abaixo do esperado. Após o impacto imediato de gols marcados por LaLiga e UEFA Champions League, o centroavante de 18 anos não aproveitou as oportunidades que teve contra Alavés (21 minutos em campo), Atlético de Madrid (14) e Lille (57), participando pouco da movimentação pelo campo e cometendo faltas desnecessárias, recebendo dois cartões amarelos em três jogos e passou em branco. No último jogo antes da Data Fifa, diante do Villarreal, ele ficou o tempo todo no banco de reservas.
"Precisamos empurrar mais a última linha adversária para dentro do gol para que possamos ter jogadores chegando em condição diferenciada para criarem e preencher mais a área. O que eu vejo é que o momento do Igor é muito interessante, o Endrick ainda vem buscando conhecer seu clube, o momento, está chegando no maior clube do futebol mundial tendo uma concorrência grande, mas mesmo assim dando o seu recado. Tudo é questão de também encontrarmos esse momento dele na equipe. Acho que, nesse instante, a própria experiência e o momento vivido pelo Igor seja um pouquinho diferente. Quem sabe possa ser importante a presença de jogadores com esse perfil para um jogo desse tamanho e nesse instante."
- Dorival Jr, técnico, Seleção Brasileira
3. Mais apoio dos laterais nas fases de ataque
Os jogos na última Data Fifa apontavam que a estratégia utilizada nos jogos diante de Paraguai e Equador mostraram uma deficiência tática considerável que muito atrapalhava a evolução nas fases ofensivas. Vinícius Júnior e Luiz Henrique atuaram como pontas abertos pela ponta, ultrapassando as linhas adversárias com frequência, mas os laterais fixos em suas posições impediu um volume maior pelas pontas, e como Igor também sai da área ele pode colaborar neste setor também.
4. Time ofensivo para responder opinião pública
A inclusão de um centroavante de referência (Igor Jesus), com um terceiro homem de meio-campo atuando como atacante (Raphinha) e um Paquetá mais recuado consiste em um sistema tática que lembra as características do 4-2-4 utilizado pelo antecessor Fernando Diniz. Ou seja: tudo indica que teremos uma Seleção com passes mais verticais, marcação adiantada e maior ocupação do terço final do campo.
5. Necessidade urgente de seis pontos
A aposta em um centroavante de ofício com muita presença na área e trabalho de pivô pode ser o “fato novo” para conseguir os seis pontos nestas duas rodadas. Dorival chega sob extrema pressão por melhores resultados e desempenho, além da obrigação de fechar o ano na zona de classificação para a Copa do Mundo. Qualquer resultado negativo neste sentido pode representar o fim do ciclo da atual comissão técnica no comando da equipe verde e amarela.