Opinião: quais são os aprendizados que o Santos tira do Estadual para a disputa do Brasileirão?

O Santos ganhou uma nova intertemporada no último final de semana ao ser eliminado pelo rival Corinthians, longe da Vila Belmiro, nas semifinais do Campeonato Paulista. Fora da decisão, o Peixe muda o foco e mira na sequência da temporada. O time de Pedro Caixinha tem o Brasileirão Série A e a Copa do Brasil pela frente.

O Alvinegro Praiano vai ter um total de 19 dias para trabalhar antes do próximo compromisso, contra o Vasco da Gama, em São Januário, no dia 30 de março, um domingo, em jogo da primeira rodada do Campeonato Brasileiro. O período desconsidera os dois dias de folga que o elenco ganhou após a eliminação no Paulistão. A equipe volta às atividades hoje, 12, no CT Rei Pelé.

Curiosidade: Pedro Caixinha vai ter mais tempo agora para trabalhar o time do que no início do ano. O plantel se reapresentou para a pré-temporada no dia 3 de janeiro e estreou no novo calendário 14 dias depois, ou seja, no dia 16. Além disso, agora, o treinador tem o grupo praticamente fechado para o primeiro semestre.

Mas, afinal, como o Santos pode aproveitar a intertemporada antes do início do Brasileirão?

O Santos tem uma programação definida e espera aproveitar essas quase três semanas para ajustar o time, falando tanto individual quanto coletivamente. Benjamín Rollheiser, por exemplo, precisa de ritmo, enquanto o grupo como um todo precisa de retoques. O time do litoral de São Paulo também vai trabalhar na recuperação de atletas lesionados.

Pedro Caixinha espera contar ao menos com o volante Hyan, que se recupera de um estiramento do ligamento colateral medial, na estreia do Brasileirão. Os demais nomes no DM (Aderlan, Souza e Zé Rafael) ainda vão precisar de mais tempo fora de combate.

É válido notar que quatro jogadores vão desfalcar o Peixe nos próximos dias: Neymar (Brasil), Tomás Rincón e Soteldo (Venezuela) e Miguelito (Bolívia), convocados para os jogos das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo. O quarteto fica fora da Vila entre os dias 17 e 25.

Outro detalhe é que o presidente Marcelo Teixeira já revelou que o clube está atento no Mercado da Bola. A janela doméstica está aberta, e os times podem contratar (até 11 de abril) jogadores que participaram dos Estaduais. Saídas e chegadas não estão descartadas no Vila.

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Os aprendizados do Santos no Paulistão

Com mais de 10 novos reforços, incluindo Neymar, o Santos melhorou e se tornou um time mais competitivo para os desafios da temporada. As chegadas, no entanto, fortaleceram principalmente o meio-campo e o ataque. Falta equilíbrio à equipe, o que ficou claro em muitos momentos ao longo do Paulistão, e Caixinha vai ter de trabalhar para resolver essa questão.

O sistema ofensivo do Peixe é qualificado e tem nomes que podem incomodar: com Neymar, que é muito acima da média, Tiquinho Soares, Guilherme e Rollheiser, além de Soteldo, que voltou a crescer de produção no clube, e do promissor Deivid Washington, o clube tem um bom poderio do meio para a frente.

A qualidade das peças, porém, não foi suficiente em determinados jogos no Paulistão, apesar dos resultados, notando que o clube encontrou dificuldades para marcar com bola rolando. Contra Inter de Limeira (última rodada da primeira fase), Bragantino (quartas de final) e Corinthians (semis), por exemplo, o Santos marcou apenas em lances que surgiram de bola parada – o que, por outro lado, reforça a força da equipe no quesito.

Diante dos desafios até aqui, o Santos precisa ficar atento a algumas questões que ficaram claras no Paulistão. Caixinha tem que tornar o time mais equilibrado, aumentar o reportório de jogadas, sobretudo para não cair na dependência de Neymar e outros talentos, e construir uma equipe mais sólida.

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