Opinião: Vasco precisa se livrar dos traumas de 2024 para não ficar para trás em 2025

Será mais um ano de sofrimento para a torcida do Gigante da Colina? O Vasco da Gama sofreu sua primeira derrota na temporada e esta escancarou as deficiências do atual plantel de Fábio Carille. Após reprovar no primeiro teste no Campeonato Carioca, contra o Volta Redonda, adversário mais qualificado que os anteriores, o Cruzmaltino teve uma péssima atuação contra o rival Fluminense e provou que não está preparado para as grandes competições de 2025.

O Gigante da Colina está de volta a uma competição internacional, mas os traumas de 2024 ainda assombram a torcida vascaína, que segue apreensiva com o futuro do clube. Pedrinho e Marcelo Sant'Anna trabalham desde o fim da temporada passada em busca de pontas para qualificar o setor ofensivo. No entanto, apesar da suposta “grana” para investir em reforços, as tentativas terminaram em frustração, até o momento. A história do ano passado, quando a diretoria tentou e não conseguiu fechar com um zagueiro para o segundo semestre, está se repetindo.

Vasco expõe deficiências em testes no Carioca

Como 2024 deixou claro a necessidade de reforços para o setor defensivo, a gestão do Vasco priorizou a contratação de defensores – após as saídas de Léo, Maicon e Robert Rojas. Dos que chegaram, Lucas Oliveira e Lucas Freitas já estrearam. O primeiro não conseguiu emplacar boas atuações contra Volta Redonda e Fluminense, inclusive com algumas falhas, e virou alvo de críticas. Já o jovem ex-Palmeiras foi titular contra o Maricá e não comprometeu.

O único reforço para a zaga que ainda não entrou em campo é o zagueiro Mauricio Lemos, que segue aprimorando a parte física e, neste momento, é a esperança da torcida para formar uma boa dupla com João Victor. Apesar de ter como característica a montagem de defesas sólidas, Carille ainda não conseguiu arrumar o setor defensivo do Gigante da Colina. Contra o Volta Redonda foram duas falhas individuais e, diante do grande rival, o coletivo não funcionou.

Setor ofensivo nulo em 2025

Sem pontas velocistas, Carille tentou preencher o meio de campo da equipe com quatro homens e a formação deu certo nos primeiros jogos da competição. Entretanto, ficou bem claro nos testes mais difíceis que o time sente falta de jogadores pelos lados, que sejam válvulas de escape nos contra-ataques. Atualmente, o Cruzmaltino troca passes com certa lentidão e, apesar de algumas boas jogadas, teve muita dificuldade na criação nas últimas duas partidas.

Por exemplo, contra o Fluminense, Vegetti ficou isolado na frente, principalmente após a saída de Coutinho, e sequer recebeu bolas em condições de finalizar contra a meta de Fábio. Visivelmente chateado, o argentino já vivenciou o mesmo drama na reta final da temporada passada. De acordo com Carille, a gestão trabalha incansavelmente para reforçar o setor, entretanto, a torcida segue à espera de jogadores que cheguem para elevar o patamar do clube. É um ano importante e, se quiser competir de igual para igual contra os principais adversários, vai precisar qualificar o plantel.

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