Pedro Caixinha elogia Morelos e Patrick, confirma Thaciano e cita filosofia ofensiva do Santos
- Novo técnico que substitui Fábio Carille foi apresentado nesta terça-feira (7) na Vila Belmiro
- Primeiro jogo do Peixe em 2025 é contra o Mirassol na semana que vem
Por Bia Palumbo
Técnico do Santos, Pedro Caixinha assinou contrato até dezembro de 2026 e concedeu a primeira entrevista coletiva desde que desembarcou no clube nesta terça-feira (7), em evento realizado na Vila Belmiro. Além dele, outra novidade que está perto de ser anunciada é o meia-atacante Thaciano, ex-Bahia.
"Thaciano pode jogar em diversas posições: em espaço interno, pelas pontas, de falso 9. É um jogador que vem nos entregar, além da experiência, versatilidade e qualidade. Ele trará experiência, qualidade e versatilidade. Mas tem que treinar forte como todos os outros, queremos uma equipe, acima de tudo, competitiva. Temos dois jogadores por posição e os que trabalharem melhor são os que terão oportunidade. Um motiva o outro para estarmos mais fortes. "
- Pedro Caixinha, técnico do Santos
"No Brasil não há pré-temporada, o que não é uma crítica, mas assim a realidade. Então meu trabalho é fazer a equipe crescer no dia a dia. Vamos ter menos semanas cheias, o trabalho precisa ser monitorado jogo a jogo. Se tenho esse grupo de jogadores com determinadas características tenho que me adaptar a ele, não o contrário. Tradicionalmente a filosofia do Santos é uma equipe que gosta de atacar e me identifico com isso. O que posso exigir é que os torcedores se sintam orgulhosos e representados dentro de campo, independente de ganhar ou não, porque não depende apenas de nós."
- Pedro Caixinha, técnico do Santos
O português de 54 anos fez questão de valorizar os talentos das categorias de base do clube, conhecidos como Meninos da Vila, e outros destaques da última temporada, como os meio-campistas Diego Pituca - capitão do time - e João Schmidt.
"Estamos trabalhando em um 4-3-3. Pode ter uma dinâmica de mudança. Hoje temos seis jogadores. Dois volantes, dois meias que trabalham nessa dinâmica e dois meias ofensivos com capacidade de pisar na área. Um dos jogadores é o Pituca. Tem essa capacidade, box to box e dá garantias. O Hyan tem essa capacidade. O outro que trabalha nessa posição é o Patrick. Dois volantes são o Schmidt e o Rincón. Mas existem outras dinâmicas para trabalhar para termos um quarto, um quinto momento. Para trabalhar o espaço dentro do jogo"
- Pedro Caixinha, técnico do Santos
Um dos personagens do elenco que o treinador já trabalhou é o colombiano Morelos, que viveu a melhor fase da carreira no Rangers (Escócia) justamente quando era comandado por Caixinha. Em 2024 vestiu a camisa do Atlético Nacional e como a temporada lá terminou mais tarde ganhou alguns dias a mais de férias. Ele volta de empréstimo, assim como Soteldo, que também agrada ao novo comandante.
"Morelos tem uma força física incrível, chamávamos de búfalo e chegou com sobrepeso, então teve que fazer um trabalho muito forte. Também sei que chuta-chuta, porque finaliza de qualquer lugar. Cheguei, ele não estava e só isso que posso dizer. Não conhecia o Patrick, acho que não tinha enfrentado, é um jogador que está se esforçando e percebi que tem qualidade no meio. Queremos projeção dos nossos laterais, capacidade de jogar aberto para fazer movimentos por dentro ou por fora. Escobar é mais um jogador de corredor, por exemplo. Soteldo conheci e sofri como adversário porque desequilibra no um contra um, nos dá uma vantagem qualitativa no último terço do jogo muito grande. Nos treinos tem tido a entrega total, com qualidade e intensidade necessárias. Pode jogar pela esquerda ou direita. Estou contente com o trabalho que ele tem desenvolvido."
- Pedro Caixinha, técnico do Santos
O primeiro reforço do Peixe confirmado para 2025 foi o zagueiro Luisão, ex-Novorizontino. Quem chega também é Zé Ivaldo, ex-Cruzeiro, que já realizou exames médicos. O experiente Gil, João Basso e Luan Peres - trio com rodagem no futebol europeu - são as outras opções para o setor, tendo em vista a iminente saída de Jair para o Botafogo.
"Gostamos de zagueiros transversais, essa é a característica que procuramos. Na zona de conforto eles se sentem mais seguros atrás, mas são fundamentais e o controle do jogo passa por eles. A equipe precisa ser compacta e a última linha precisa acompanhar, senão fica tudo desorganizado. Na recomposição precisam cobrir as laterais e ter leitura para saber chamar o lateral para compor a linha de três, capacidade jogar por dentro e por fora quando preciso controle entrelinhas e de profundidade porque jogam com 50 metros nas costas. Precisam ser fortes e agressivos na primeira bola por cima. Nos cruzamentos eles não podem marcar a bola, mas sim os adversários. Fortes nas duas áreas, porque o futebol moderno precisa ter equipes fortes na bola parada ofensiva e defensiva, e os zagueiros precisam ser predominantes neste sentido."
- Pedro Caixinha, técnico do Santos
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