1 dia para a Copa: o Mundial da África do Sul e os seus ineditismos
Por Fabio Utz
Começamos com '90'. E chegamos ao '1'. Sim, falta um dia para a Copa do Mundo. Neste último material de nossa contagem regressiva para o Mundial, poderíamos falar de diversos assuntos,
Por exemplo, que temos apenas um técnico bicampeão na história (Vittorio Pozzo, com a Itália, em 1934 e 1938) ou que somente uma seleção chega ao Catar com a condição de ser hexa (não precisamos nem dizer qual é esta equipe). O fato de esta ser a primeira Copa no Oriente Médio também poderia ser relevante, mas como o próprio ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, tratou de dizer que a escolha foi um erro, vamos deixar este fato em segundo plano.
Ao unirmos futebol e cultura, resolvemos relembrar o único Mundial, até hoje, fora do eixo das grandes potências econômicas do planeta - América/Europa/Ásia. Sim, em 2010 o espetáculo do futebol chegou ao continente africano pela primeira vez. A África do Sul foi responsável por receber 32 delegações que deram um colorido todo especial a um país que, sim, já sofreu com preconceito e que estava, ali, abrindo suas portas para o mundo da bola.
A candidatura sul-africana derrotou as de Marrocos, Egito e Líbia/Tunísia e, em 15 de maio de 2004, foi anunciada como a vencedora da disputa. A partir de então, veio todo o processo de estruturar o país no sentido de deixá-lo apto para a Copa. O Soccer City, principal palco do Mundial - palco da abertura e da final - foi construído em Joanesburgo como símbolo de reerguimento de uma nação afetada pelo Apartheid - processo de segregação racial.
O ineditismo de uma Copa na África também foi seguido de algumas situações antes nunca vistas na história do torneio. Pela primeira vez Coreia do Sul e Coreia do Norte competiram simultaneamente. Também foi inédita a participação de duas seleções da Oceania (Austrália e Nova Zelândia) em uma mesma edição. Por fim, veio o coroamento de um campeão que jamais havia erguido a taça, a Espanha, que derrotou a Holanda na decisão com gol único de Iniesta já na prorrogação.
Agora, tudo é Catar. Vamos junto com a gente viver essa emoção?