10 anos da Libertação: 5 personagens marcantes da campanha do Corinthians na Libertadores de 2012
Ah, o 4 de julho de 2012. Para qualquer outra pessoa, cujas cores são indistintas do preto e branco do Corinthians, a data pode não representar absolutamente nada, mas, para o torcedor corinthiano, ela pode ser resumida em uma única palavra: libertação. Dez anos depois, cá estamos, Fiel, relembrando, saudosos, uma das conquistas mais marcantes da nossa história: a nossa primeira Libertadores da América!
Particularmente, eu não consigo ver nada a respeito daquela noite de quarta-feira iluminada, no Pacaembu, com mais de 40 mil vozes bradando uníssonas, sem ficar com a voz embargada e sentir as lágrimas quererem brotar no rosto sem que possam ser controladas. Definitivamente, não!
Naquela noite, estávamos com a mesma paixão, exatamente como sempre foi em 102 anos de história. Mas, dessa vez, a cidade de São Paulo estava diferente. A aura não era, de maneira alguma, a mesma de qualquer outro momento da história em que nossos olhos se voltaram ao escudo e à história que representam muito mais do que um esporte para o coração alvinegro do Parque São Jorge. Afinal, até mesmo o gosto de pintar o mundo com as nossas cores já havíamos sentido - como haveríamos de fazê-lo pela segunda vez pouco mais de 5 meses mais tarde -, mas sentir-se dono da América não sabíamos ainda o que era exatamente.
E, como se já não bastasse os 2 a 0 na final contra o Boca Juniors, com os dois gols da partida marcados pelo eterno ídolo Emerson Sheik, a conquista veio de forma invicta, como poucas vezes na história se pôde testemunhar. E não havia testemunhas mais apaixonadas a que se tomar tamanho feito. Era como se os deuses do futebol, num afago, dissessem: Vai, Corinthians, porque é chegada a hora!
Nunca havia sentido aquela sensação. E para sempre me lembrarei daquele dia como uma doce memória, com imensa gratidão por não ter escolhido o Corinthians, mas por ele ter me escolhido.
Eu não quero, porém, me resumir somente às minhas muito emocionadas palavras. Nesse sentido, confira os 5 personagens marcantes que mais se destacaram ao longo da campanha do Timão na tão esperada conquista da Libertadores de 2012. A seguir:
5. Romarinho
Ídolo pelas vezes que registrou gols contra o Palmeiras e pelas inúmeras provocações ao mesmo depois de anos longe do Corinthians, Romarinho foi autor de um dos gols mais importantes da historia do Sport Club Corinthians Paulista.
Ao marcar o gol de empate no primeiro jogo da grande final da Libertadores de 2012, o atacante, à época com apenas 21 anos, foi um dos grandes destaques daquela campanha justamente por trazer ao torcedor alvinegro a esperança de decidir o jogo da volta, em casa, em busca de uma vitória simples.
4. Cássio
Corinthians x Vasco. Pacaembu. 23 de maio de 2012. Quartas de final da Libertadores de 2012.
Estas informações são suficientes para despertar na memória do torcedor corinthiano um sentimento misto de angústia e alívio, afinal, um lance da partida que terminou 1 a 0 para os donos da casa - Paulinho marcou o gol salvador aos 42 minutos do segundo tempo - mudou para sempre a história do Corinthians.
Cássio, antagonista do lance envolvendo o atacante Diego Souza, entrou definitivamente para o rol de heróis do time do Parque São Jorge, tornando-se para sempre eternizado depois de defender aquela chance cara a cara que o atacante do Vasco teve no jogo. O lance será visto e revisto daqui a cem anos por cada coração corinthiano com o mesmo sentimento: algo inominável entre angústia e alívio.
3. Danilo
Dono do gol de empate no jogo da volta da semifinal, no Pacaembu, diante do Santos, Danilo foi um dos melhores jogadores do Corinthians naquela edição da LIbertadores. Foram 4 gols nos 14 jogos disputados. Na final, o meia deu assistência para Emerson marcar o primeiro gol do Timão na partida. Eterna e definitivamente, em nossos corações!
2. Emerson Sheik
Foram cinco gols em 8 jogos de Sheik naquela edição da Libertadores. Mas nenhum outro se compara aos dois da noite do 4 de julho no Pacaembu, marcados aos 8 e aos 27 minutos do segundo tempo de um jogo bastante disputado e com muita cara de Brasil e Argentina, sobretudo numa final continental. Certamente os dois gols mais importantes do jogador hoje aposentado e que ainda guarda muito carinho dos tempos de Timão e da torcida corinthiana.
1. Tite
Para selecionar o personagem principal do título, eu não poderia dar a honra a qualquer outro nome daquele elenco alvinegro senão a Adenor Leonardo Bachi, o Tite. O cara que sabe de tudo e mais um pouco, dentro e fora de campo, foi o responsável por levar mais de 30 milhões de loucos por um caminho jamais traçado antes na história e, há muito, aguardado.
Aos 15 anos de idade, eu já sabia muito bem o que é ser Corinthians. Mas Tite, Emerson Sheik, Paulinho, Danilo, Cássio, Romarinho e cia me mostraram o que é amar incondicionalmente o Corinthians com liberdade, ou melhor: Libertado, como somente um bom Sul-Americano consegue dimensionar em essência o sentido da palavra, sobretudo em se tratando do âmbito futebolístico. Ao Corinthians, meu muito obrigado.
Vai, Corinthians! Viva o Corinthians!