4 coadjuvantes que se destacaram na campanha do penta da Seleção Brasileira em 2002
Por Nathália Almeida
É, passou rápido. Nesta quinta-feira, 30 de junho, completamos 20 anos desde a celebração do pentacampeonato verde e amarelo, última grande conquista da Seleção Brasileira. Com um jogo baseado na solidez defensiva e na inspiração individual de seus grandes craques, a Canarinho foi soberana e faturou seu quinto título de Copa do Mundo do outro lado do planeta, o primeiro Mundial sediado na Ásia (Japão/Coreia do Sul).
Quando falamos no penta, 10 em cada 10 pessoas se lembram da épica jornada de Ronaldo Fenômeno, o grande nome do torneio. Outros muitos torcedores brasileiros se lembram de Rivaldo, o maestro verde e amarelo, ou mesmo de um jovem Ronaldinho Gaúcho, autor de um gol antológico nas quartas de final contra a Inglaterra.
Mas quais foram os coadjuvantes importantes da campanha?
Relembraremos e exaltaremos eles, a seguir:
4. Denílson
O camisa 17 vivia momentos de altos e baixos em sua passagem pelo Real Betis (ESP) mas, ainda assim, recebeu um voto de confiança de Felipão e foi peça importante na campanha do penta. 12° jogador da Canarinho naquela campanha, esteve em campo em cinco dos sete jogos, sempre vindo do banco de reservas e com a missão de causar problemas às defesas rivais.
Contra a Turquia, na semifinal, protagonizou uma das jogadas eternizadas na história das Copas: o Brasil vencia por 1 a 0 e precisava fazer o tempo passar. Denílson, então, decidiu por carregar a bola em direção à linha de fundo, dando início a uma verdadeira "perseguição" de turcos em sua cola. Essa imagem correu o mundo e é lembrada até os dias de hoje.
3. Gilberto Silva
Em 2002, Gilberto Silva já era um jogador experiente (26 anos) e já tinha participado do ciclo anterior de convocações de Felipão, participando das Eliminatórias para o Mundial. No entanto, a chamada "cabeça de área" da Canarinho tinha um dono evidente: Emerson.
A lesão do experiente volante fez com que Gilberto Silva fosse alçado ao posto de "5" titular - ainda que vestisse a 8 -, e ele não decepcionou. Saiu jogando nos sete compromissos do Brasil na campanha, sendo o grande "leão" do meio de campo verde e amarelo.
2. Edmilson
Outro jogador pouco badalado, mas fundamental para a conquista do penta em 2002, foi Edmílson. Tendo a disciplina tática e a polivalência como marcas registradas de seu jogo, o atleta do Lyon - que até aquele momento estava mais habituado a atuar como volante -, foi recuado por Felipão para compor a linha de zagueiros ao lado de Lúcio e Roque Júnior.
Era, sem dúvida, o defensor menos "prestigiado" dentre os três, mas fez uma Copa irretocável, com muita segurança, botes e desarmes precisos. Ainda anotou um golaço na fase de grupos contra a Costa Rica, eleito o segundo mais bonito daquele Mundial.
1. Kléberson
Por fim, mas não menos importante, temos Kléberson, possivelmente a grande surpresa da campanha do pentacampeonato brasileiro. Aposta de Felipão entre os convocados, o garoto de apenas 22 anos mostrou muita personalidade e talento nas primeiras oportunidades recebidas durante o torneio, a ponto de bancar Juninho Paulista, que vinha iniciando os duelos.
Participou diretamente da construção do segundo gol da vitória verde e amarela sobre a Bélgica, nas oitavas, e não saiu mais do time durante o mata-mata do Mundial. Depois, na grande final, foi novamente decisivo: iniciou a jogada do segundo tento de Ronaldo contra a Alemanha.