4 desafios que Rogério Ceni terá que superar como treinador do Bahia
- Após saída de Renato Paiva, Grupo City decidiu por Rogério Ceni
- Treinador estava livre no mercado desde abril, quando foi demitido pelo São Paulo
Por Nathália Almeida
Escolhido pelo Grupo City para ser o substituto de Renato Paiva – que pediu demissão na última quarta-feira (6), após viver longos meses sob questionamentos e críticas da torcida –, Rogério Ceni foi incumbido da responsabilidade de assumir o Bahia, equipe que beira a zona de rebaixamento no Brasileirão e que ainda não conseguiu entregar, nesta temporada, o desempenho esperado após grandes movimentações de mercado feitas pela SAF nas janelas de transferências.
Fora de ação desde que foi demitido do São Paulo, em abril deste ano, Ceni encontrará alguns desafios assim que chegar ao Tricolor de Aço. A seguir, o 90min elenca 4 destes "obstáculos" que estarão no caminho do profissional em sua missão de conduzir campanha de recuperação do Esquadrão na Série A.
1. Ausência de Cauly
Melhor jogador do Bahia no Brasileirão e na temporada, o armador Cauly sofreu lesão ligamentar no joelho durante a partida contra o Botafogo e deve ficar fora de combate até outubro. Trata-se de um jogador muito acima da média tecnicamente e sem substituto à altura no atual elenco do Esquadrão, portanto, Ceni já chega sem poder contar com uma valiosa peça de seu plantel.
2. Recuperação de Everaldo e outros jogadores em baixa
O Bahia conta com um elenco bastante interessante e que, em linhas gerais, não deveria estar ocupando a posição que ocupa neste momento. Isso pode ser explicado pela má fase técnica e desencaixe de várias peças de qualidade do plantel do Esquadrão, como o centroavante Everaldo e o ala Vítor Jacaré, que caiu demais de rendimento em relação ao início do ano. Recuperar a confiança destes jogadores será um desafio para Ceni.
3. DNA do Bahia é uma incógnita, falta de padrão de jogo
Em seu tempo em Salvador, Renato Paiva não conseguiu dar uma "cara" e padrão tático ao Bahia, tendo alternado entre vários sistemas/esquemas de jogo. Com o Brasileirão já alcançando sua rodada 23, o timing para construir do zero este DNA definitivamente é ruim. Mas é isso que Ceni terá que fazer, visto que os frutos positivos do trabalho de seu antecessor são poucos.
4. Clima de desconfiança
Seu currículo é vitorioso, mas Rogério Ceni chega ao Bahia com alguma "desconfiança" pairando sobre seu nome, e ela pode ser explicada pelo seu trabalho mais recente, onde não conseguiu prosperar comandando o São Paulo. Para conseguir ganhar o torcedor do Bahia, o profissional terá que mostrar a sua melhor versão: aquela dos tempos de Fortaleza.