4 erros cometidos pelo Corinthians na derrota para o Cuiabá, pelo Brasileirão
Por Lucas Humberto
A segunda derrota do Corinthians no Campeonato Brasileiro foi ainda mais amarga. Na noite desta terça-feira (7), o Timão caiu para o Cuiabá, na Arena Pantanal, por 1 a 0. Foi embora a longa invencibilidade de 11 partidas - seis empates e cinco vitórias.
Para além do tenebroso resultado diante de um adversário que tinha uma vitória em 11 duelos e vinha de três derrotas seguidas, o Alvinegro deu outra amostra de apatia em campo. Abaixo, nós analisamos os quatro principais erros dos comandados de Vítor Pereira.
1. Escalação
Vítor Pereira sabia dos riscos quando montou a escalação. Robson Bambu, Gil e Raul Gustavo na zaga, com Mantuan e Bruno Melo atuando como alas. Cantillo e Du Queiroz no meio-campo, com Adson e Mosquito pelas pontas. Guedes centralizado.
A formação não seria capaz de trazer bons resultados nem na mais esperançosa das teorias. No intervalo, o técnico, que percebeu o desastre das suas escolhas, fez quatro substituições de uma vez: Lucas Piton, Giuliano, Júnior Moraes e Renato Augusto.
Era tarde demais. A equipe até fluiu com mais naturalidade, mas o Dourado não deu brechas. "Hoje pagamos por um primeiro tempo ruim, onde assumo a responsabilidade, já que eu escolhi a estrutura e os jogadores", afirmou Pereira em coletiva. De fato.
2. Equívocos individuais
A maior das falhas individuais da partida saiu dos pés de Cantillo, que deixou Adson na fogueira no lance em que Uendel anotou o único gol do confronto. Mas ninguém teve tantos equívocos significativos quanto Robson Bambu.
Logo aos dois minutos de jogo, o zagueiro se atrapalhou ao realizar uma proteção simples. Daí em diante, foram erros sucessivos. Cada um mais inexplicável que o anterior. Talvez a camisa tenha pesado ou seja só uma má fase. De qualquer maneira, é inaceitável que ele não faça o básico.
3. Entrosamento
Talvez o maior dos riscos do rodízio de Vítor Pereira tenha sido visto ontem. Havia desconexão entre todos os setores. Bolas que sobravam na área e ninguém aparecia para finalizar, passes errados típicos de time sem entrosamento, falhas técnicas em lances básicos.
Ficou a impressão de que os escolhidos do técnico sequer haviam praticado aquela formação.
4. Redirecionamento de rota
Nem tudo que começa errado precisa terminar assim. A equipe alvinegra teve todo o segundo tempo com uma melhor escalação em campo e, ainda assim, não conseguiu conduzir a virada. Na verdade, até agora o Timão parece incapaz de redirecionar a rota em curso.
Posturas desse tipo preocupam pelo simples fato de que, entre junho e julho, o Timão terá pelo menos sete embates complicados considerando Brasileirão, Copa do Brasil e Copa Libertadores. Não dá para controlar o enredo de cada partida.