4 erros que o Palmeiras precisa corrigir para o jogo de volta e avançar à final da Libertadores
Por Lucas Humberto
A imprevisibilidade é - e provavelmente sempre será - a marca registrada da Conmebol Libertadores. Conhecido por se dar em Copas, o Palmeiras de Abel Ferreira sucumbiu ao Athletico Paranaense de Felipão. Na Arena da Baixada, o Furacão venceu por 1 a 0, superando inclusive uma desvantagem numérica em mais de 20 minutos do segundo tempo.
Desde que desembarcou no Allianz Parque, em 2020, o técnico do Verdão nunca tinha saído em desvantagem em um mata-mata de Libertadores. A volta em casa, claro, deixa os torcedores esperançosos de outra remontada. Mas antes será preciso corrigir alguns erros cruciais. Abaixo, nós listamos quatro deles.
1. Baixa produção ofensiva
Flaco López desperdiçou a principal chance do Verdão dentro dos 90 minutos iniciais da semifinal da Libertadores. Mas a "culpa" do desempenho ofensivo aquém do esperado não pode recair apenas sobre o argentino.
Se antes o plantel de Abel Ferreira tinha entre suas principais características a letalidade no último terço, nos últimos cinco compromissos foram apenas três gols anotados. Preocupante...
2. Dependência de Gustavo Scarpa
Foram 14 finalizações do Verdão contra o Athletico-PR, mas somente quatro no alvo. A sensação é que a ausência de Gustavo Scarpa deixou um buraco impossível de ser preenchido.
Nenhuma mudança de Abel foi capaz de fazer seu time entrar na área do Furacão. Nas bolas paradas, idem. A qualidade só melhorou um pouco depois da entrada de Tabata. Precisa haver mais de uma solução.
3. Criatividade no meio-campo
Não seria justo responsabilizar apenas os atacantes pela produção ofensiva inconstante. Na faixa central, o Palmeiras também não encontrou sua melhor versão. Nem de longe, diga-se de passagem.
Substituindo Danilo, Gabriel Menino não conseguiu entregar qualidade na saída de bola. Na marcação, o meio-campista protagonizou equívocos que tornaram a vida do veloz ataque rubro-negro bem mais fácil.
4. Irregularidade individual
Gustavo Gómez, um dos zagueiros mais regulares do futebol sul-americano, falhou pelo menos três vezes. Dudu, ídolo e crucial no desafogo pelos lados, individualizou demais algumas ações e, consequentemente, desperdiçou bolas preciosas. Menino não estava em grande jornada.
A moral da história é: um dia ruim de várias peças não pode gerar uma grande performance coletiva. A derrota por 1 a 0 acabou sendo "barata" pelo demonstrado em campo. Sorte da torcida que o resultado é completamente reversível no Allianz.