4 principais destaques da goleada do Corinthians na semifinal da Libertadores Feminina
Por Lucas Humberto
![Numa atuação impressionante em termos ofensivos, as Brabas aplicaram 8 a 0 no Nacional e carimbaram vaga rumo à final Numa atuação impressionante em termos ofensivos, as Brabas aplicaram 8 a 0 no Nacional e carimbaram vaga rumo à final](https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_crop,w_3000,h_1687,x_0,y_151/c_fill,w_720,ar_16:9,f_auto,q_auto,g_auto/images/voltaxMediaLibrary/mmsport/90min_pt-BR_international_web/01fm7f7e6q8acrrb1aqe.jpg)
Classificação difícil? Não para o Corinthians. Nesta terça-feira (16), o Timão não tomou conhecimento do Nacional e aplicou incríveis 8 a 0. Curiosamente ou não, todos os gols foram marcados por jogadoras diferentes.
Com o placar, Arthur Elias e comandadas estão novamente na final da Libertadores Feminina e, agora, partem em busca da tríplice coroa, com as taças do torneio continental, Brasileirão e Paulistão. Abaixo, nós listamos os quatro principais destaques da goleada.
1. Pressão ofensiva inicial
As Brabas, como foram apelidadas pelos torcedores, tiveram a primeira finalização com pouco mais de 30 segundos de jogo. Nos primeiros minutos da partida, aliás, as paulistas exerceram intensa pressão diante das uruguaias. O primeiro tento veio logo aos 11 minutos.
Na segunda parcial, Tamires e suas companheiras voltaram ainda mais enérgicas e com vontade de ampliar o placar. O comportamento ofensivo certamente está entre as principais forças da equipe, que não se contenta em vencer. Elas sempre buscam boas vitórias.
2. Diany demonstra confiança ao anotar golaço
Qual a melhor forma de responder a uma falta duríssima? Diany sabe a resposta. No segundo tempo, a volante do Timão sofreu um forte contato e, logo aos quatro minutos, nos presenteou com o principal golaço da semifinal.
Com a bola na entrada da grande área, ela limpou a marcadora, confundiu a defesa do Nacional e bateu por elevação. A goleira adversária não teve a melhor chance. Aquela pintura acabou injetando toda a confiança que o Corinthians precisava para encontrar começar o "massacre".
3. Defesa sólida
MONTEVIDÉU, AÍ VAMOS NÓS!
— Corinthians Futebol Feminino (@SCCPFutFeminino) November 16, 2021
Com goleada, o Timão bateu o Nacional por 8 a 0 e garantiu sua ida para a grande final da Conmebol Libertadores Feminina.
A grande final será no domingo, dia 21, diante do Santa Fé!
VAAAAAAMOS, BRABAS!
✊?
? @CONMEBOL pic.twitter.com/KCtNLBQMED
Quem observa o placar puro e simples pode não perceber um singelo detalhe: na primeira parcial, apenas um tento foi marcado. Todos os outros sete vieram nos 45 minutos finais. Isso significa que, sim, as uruguaias tentaram pressionar e até tiveram chances consideráveis de furar a defesa corinthiana.
Acontece que o Timão costuma impor uma verdadeira fortaleza. Entre a fase classificatórias e as quartas de final, por exemplo, as paulistas sofreram apenas dois gols. No costumeiramente ofensivo plantel de Arthur Elias, a sólida defesa pode passar despercebida. Mas não deveria. Elas também fazem muita diferença.
4. Grazi e a comemoração que todos nós precisávamos
Grande atitude da Grazi e de todo o time do Corinthians. Além dos oito gols, deram aula de cidadania no jogo contra o Nacional. Com os punhos cerrados, protestaram contra uma ofensa racista que ouviram de uma das rivais. #BDSP pic.twitter.com/osW8DNA5Tl
— Alessandro Jodar (@alejodar) November 17, 2021
O sexto gol das Brabas veio dos pés de Adriana, que converteu um pênalti. Poucos minutos depois, o Timão, através das suas redes sociais oficiais, informou que a jogadora havia sido chamada de "macaca" por uma adversária.
Mais uma vez, a reposta das paulista veio dentro das quatro linhas. Já nos últimos minutos do embate, a histórica Grazi encontrou o caminho das redes e, na comemoração, ergueu os braços para reforçar que não há espaço para racismo em lugar nenhum.
Devidamente classificado ao duelo derradeiro, o Corinthians encara o Santa Fe, da Colômbia, na final. A partida, que acontece no domingo (21), terá o Estádio Gran Parque Central, em Montevidéu, como palco.