42 dias para a Copa do Mundo: Roger Milla, a comemoração de gol inesquecível e um ídolo que desafiou o tempo
Por Bia Palumbo

A Copa do Mundo de 1994 ficou eternizada na mente de todos os brasileiros pelo tetracampeonato conquistado nos EUA. Brasil e Suécia caíram no grupo B, o mesmo de Camarões e Rússia, que protagonizaram um duelo histórico porque foram estabelecidos dois recordes.
Oleg Salenko anotou cinco gols na vitória por 6 a 1 no estádio da renomada Universidade de Stanford. O gol de honra dos africanos foi do artilheiro Roger Milla, que tinha 42 anos e 39 dias e saiu do banco para dar um momento de alegria aos Leões Indomáveis.
We look back at 42-year-old Roger Milla becoming the #WorldCup's oldest goalscorer at USA 94 🇨🇲🦁⚽️
— FIFA World Cup (@FIFAWorldCup) July 17, 2017
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Considerado um ícone do futebol mundial, Roger Milla disputou três edições de Copa do Mundo (Espanha 1982, Itália 1990 e EUA 1994). No Mundial dos Estados Unidos, o atacante foi o camisa 9 da seleção convocada por Henri Michel e era conhecido pelo jeito irreverente de comemorar um gol, dançando perto da bandeirinha de escanteio.
Um dos momentos mais marcantes daquela geração foi na capital italiana, Milão, ao carimbar a faixa da então campeã Argentina de Diego Maradona com vitória por 1 a 0 - Oman-Biyik foi o artilheiro daquele 8 de junho de 90 - e ajudou sua equipe a avançar até as quartas de final do torneio.
👑 @roger_milla_9, the king of the corner flag
— FIFA World Cup (@FIFAWorldCup) July 7, 2020
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Natural de Yaoundé, capital e segunda cidade mais populosa de Camarões, Milla deu os primeiros passos na carreira em clubes locais como Tonnerre Yaoundé e Léopards Douala no início da década de 70. A habilidade e o faro de gol chamaram atenção dos franceses, destino natural de africanos que se destacam em clubes africanos.
Ao todo, o centroavante disputou mais de 100 jogos pela Seleção Camaronesa, quando inclusive foi bicampeão da Copa das Nações Africanas nas temporadas 1984 e 1988, se consagrando como uma lenda do futebol.
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— Roger Milla (@roger_milla_9) February 8, 2022
A trajetória profissional dele em clubes foi basicamente construída na França - defendeu Valenciennes, Bastia, Montpellier e Saint-Étienne. Milla atuou na Ligue 1 e foi bicampeão da Copa da França nas temporadas 1979/80 e 1980/81, com direito a gol na final pelo Bastia contra o Saint-Étienne de Michel Platini. A outra taça foi pelo Monaco.
Roger #Milla, attaquant mythique, fête aujourd'hui ses 68 ans ! 🎉
— AS Saint-Étienne (@ASSEofficiel) May 20, 2020
Joyeux anniversaire au Vieux Lion 🇨🇲 qui a inscrit 3️⃣7️⃣ buts sous le maillot Vert et participé au retour de l’#ASSE en @Ligue1Conforama lors de la saison 1985-1986 ! 🙌 pic.twitter.com/sJjjQFvxrV
O camisa 9 pendurou as chuteiras na década de 90, após passagem por dois clubes da Indonésia - Pelita Jaya FC e Putra Samarinda.
"Para mim, Roger Milla é um jogador monumental. Ele não precisava correr muito para ser eficaz e tinha um senso de posicionamento extraordinário. Tenho uma grande admiração e respeito por ele."
- Rigobert Song, ex-capitão de Camarões
Roger Milla retrouve ses anciennes couleurs lors des @GoldenFootMC Awards ! Welcome Back ! #2014GoldenFootLegends pic.twitter.com/GOCwMLUcIX
— AS Monaco 🇲🇨 (@AS_Monaco) October 14, 2014