5 grandes clubes brasileiros que passarão a virada de ano preocupados com 2022
Por Bia Palumbo
Crise financeira, reformulação de elenco e troca no comando técnico são algumas das questões a serem trabalhadas pela maioria dos clubes brasileiros. O cenário atual coloca Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras como os principais candidatos a títulos, porém outros que disputam as principais competições e arrastam multidões pelo país afora precisam manter o sinal de alerta ligado na próxima temporada, como você acompanha na lista a seguir.
1. Grêmio
A eliminação na fase preliminar da Libertadores parecia o sinal de um ano complicado e a saída de Renato Portaluppi após cinco anos provocou uma série de mudanças tanto dentro quanto fora de campo. Depois vieram Tiago Nunes, Felipão, Vagner Mancini e nenhum deles conseguiu evitar a queda de rendimento que culminou com o rebaixamento para a Série B. O tricolor gaúcho precisou readequar o orçamento para a próxima temporada, reformulou o elenco, mas decidiu manter o comando técnico.
2. São Paulo
O tricolor do Morumbi começou 2021 com o título do Campeonato Paulista, quebrando um jejum de nove anos sem conquistas, mas a lua de mel com o técnico Hernán Crespo terminou após eliminações na Libertadores e Copa do Brasil para Palmeiras e Fortaleza, respectivamente. A diretoria trocou o treinador, promoveu o retorno do ídolo Rogério Ceni, mas nem mesmo ele conseguiu evitar o final melancólico do Campeonato Brasileiro, onde o time lutou contra o rebaixamento na reta final e viu seus principais rivais classificados para a fase de grupos da Libertadores. O próprio Ceni informou que 2022 será um desafio e tanto pela questão financeira que atinge o clube, fato que deixa os são-paulinos apreensivos.
3. Vasco
Cruzmaltino teve quatro técnicos em 2021: começou com Marcelo Cabo, depois vieram Lisca e Fernando Diniz, que terminou a temporada, mas antes mesmo do ano terminar o clube anunciou a volta de Zé Ricardo. O clube sequer avançou para as finais do Campeonato Carioca e mesmo com a maior folha salarial da Série B (R$ 5,5 milhões por mês) não conseguiu o acesso para retornar à elite do Brasileirão e ainda terminou no modesto 10º lugar, com 49 pontos, 21 atrás do campeão Botafogo. A campanha teve 13 vitórias, 10 empates e 15 derrotas. Depois disso a diretoria dispensou mais de 11 jogadores e há uma incerteza para saber se haverá tempo e estrutura para montar um time competitivo.
4. Santos
O primeiro ano da gestão Andres Rueda teve problemas semelhantes ao da temporada passada - movimentação nos bastidores para evitar punições da Fifa e aposta em jovens da base como alternativa a uma fase com problemas financeiros. Finalista da Libertadores em 2020, o Alvinegro Praiano sequer passou da fase de grupos neste ano e também caiu nas quartas de final da Copa do Brasil e Copa Sul-Americana. Para piorar, houve luta contra o rebaixamento no Campeonato Paulista e no Brasileirão. A irregularidade gerou troca no comando técnico - Ariel Holan, Marcelo Fernandes, Fernando Diniz e Fabio Carille treinaram a equipe e nem mesmo o último deles está garantido para 2022. Resta saber se a próxima temporada será de mais tranquilidade nos bastidores para que isso se reflita dentro de campo.
5. Fluminense
O Tricolor das Laranjeiras investiu pesado até agora na janela de transferências. Além do técnico Abel Braga, contratou o lateral Mario Pineida, o zagueiro David Duarte, o meio-campista Felipe Melo e o atacante Willian Bigode. O foco é a Libertadores, mas por enquanto o tricolor das Laranjeiras tem vaga assegurada apenas na fase preliminar - encara o Millonarios. Ainda há outro confronto antes da fase de grupos, portanto uma eliminação precoce no principal torneio do continente provocaria readequação no planejamento. Além dos reforços, o clube segue revelando talentos como o meio-campista André e o atacante Luiz Henrique, jovens promovidos que se adaptaram aos profissionais a ponto de se tornarem destaques da temporada, mas as sondagens do exterior seguem a todo vapor.