5 momentos de destaque para o futebol feminino em 2020
Por Nathália Almeida
Se 2019 foi um ano épico para o futebol feminino mundial com a 'Copa das Copas', 2020 manteve o nível alto para a modalidade e seus entusiastas.
Não tivemos novos recordes de público nos estádios por um motivo específico: a covid-19. Contudo, o maior apelo pelo esporte foi demonstrado de outras formas.
A seguir, destacamos cinco momentos especiais para o futebol feminino neste ano:
1. Mais transmissões na TV brasileira
Com o 'mito' de que futebol feminino não gera audiência caindo por terra de vez, mais e mais emissoras demonstraram interesse em transmitir a modalidade este ano. Entre jogos do Brasileirão, Estaduais, Champions League Feminina e até mesmo torneios nacionais europeus - Campeonato Inglês e Copa da Inglaterra -, tivemos um leque maior de canais exibindo partidas: Bandeirantes, SporTV, ESPN e TV Cultura, por exemplo.
2. Brasileirão Feminino com recorde de audiência
De acordo com a apuração do jornalista Danilo Lavieri em seu Blog no UOL Esportes, o Brasileirão Feminino de 2020 rendeu mais que o triplo de audiência em relação ao ano passado: cerca de 5 milhões de pessoas assistiram as transmissões realizadas pelo Twitter, ao passo que em 2019, estima-se que a audiência foi de aproximadamente 1,5 milhão de pessoas. Um salto espetacular e muito relevante para a modalidade.
3. Anúncio de novos torneios no calendário sul-americano
Durante a realização do primeiro Congresso de Futebol Feminino Conmebol, realizado neste mês de dezembro, a principal entidade do futebol sul-americano confirmou a expansão do calendário de competições da modalidade: a partir de agora, a Copa América Feminina será disputada de dois em dois anos. Além disso, a Conmebol está em diálogo com a UEFA para a criação de uma Copa Intercontinental Feminina, a ser disputada entre clubes sul-americanos e europeus.
4. Maior transferência da história da modalidade
Sabemos que as cifras que giram em torno do futebol feminino são amplamente inferiores em relação ao que vemos no masculino, mas 2020 trouxe uma notícia que prova como a modalidade está começando a girar capital e se consolidar como produto: em setembro deste ano, testemunhamos a maior transferência da história do futebol feminino, quando a atacante Pernille Harder trocou o Wolfsburg (ALE) pelo Chelsea por 337 mil euros (R$ 2,1 milhões).
5. Dupla norte-americana 'ofusca' estrelas do masculino
Principais contratações do Manchester United Feminino para a temporada 2020/21, a dupla norte-americana formada por Tobin Heath e Christen Press - campeãs mundiais com os Estados Unidos em 2015 e 2019 -, vendeu mais camisas que qualquer outra estrela do time masculino do United nos primeiros dias de comercialização pós-contratação. Mais uma evidência de como o futebol feminino tem consumidores, só não é explorado como produto da forma ideal.