5 motivos para acreditar que o Al Hilal pode complicar o Chelsea no Mundial de Clubes
Por Antonio Mota
Em meio ao desprezo e ao desconhecimento de seus adeptos, o Chelsea vai estrear no Mundial de Clubes no início da tarde desta quarta-feira, 9, às 13h30 de Brasília, contra o Al Hilal, da Arábia Saudita, no Estádio Mohammed Bin Zayed, em Abu Dhabi, pelas semifinais do torneio da Fifa. E, mesmo favorito, os Blues podem esperar um embate duro e equilibrado, com os representantes da Ásia fazendo de tudo para superar a potência da Europa.
Sem mais delongas, veja 5 motivos para acreditar que o Al Hilal pode complicar o Chelsea no Mundial de Clubes.
1. Chelsea sem comando
O Chelsea vai estrear no Mundial de Clubes sem o seu treinador. No último final de semana, Thomas Tuchel testou positivo para a Covid-19 e, com isso, não poderá ficar à beira do gramado contra o Al Hilal. A ausência do técnico que comandou o clube na conquista da última Champions League pode impactar diretamente na performance da equipe. E em vários sentidos: físicos, táticos, emocionais etc.
Sem Tuchel, os Blues serão comandados pelo húngaro e auxiliar Zsolt Low.
2. Fase dos Blues
O Chelsea não chega com a moral alta ao Mundial de Clubes. Irregular nos últimos meses, os Blues enfrentaram muitos problemas nas últimas semanas e caíram muito de produção desde o início da temporada. No último final de semana, por exemplo, o clube sofreu para superar o modestíssimo Plymouth, da Terceira Divisão, na Copa da Inglaterra.
Vale lembrar também que o time se distanciou da ponta da tabela da Premier League – hoje é o terceiro colocado, mas com 10 pontos a menos do que o líder Manchester City – e tem sofrido coletivamente, somando atuações abaixo do esperado.
Para além do coletivo, o time de Londres também tem problemas individuais: Mason Mount e Édouard Mendy aparecem como dúvida, e Reece James não deve ir a campo. Ben Chilwell e Ruben Loftus-Cheek também estão fora.
3. Histórico do Chelsea em Mundiais
Além dos problemas do presente, o Chelsea também precisa se preocupar com um fantasma do passado neste Intercontinental. No início da década passada, em 2012, os Blues participaram pela primeira vez da competição da Fifa e decepcionaram: perderam a final para o Corinthians e ficaram apenas com o vice.
O clube ainda não esqueceu aquela pancada: "Foi muito difícil sofrer aquela derrota. Vimos como o Corinthians se preparou para o jogo e algumas vezes pequenos detalhes podem fazer a diferença. E, naquele dia, não estávamos no nosso melhor nível. E isso, claro, machucou bastante”, declarou Azpilicueta, que participou daquela decisão.
4. Bom e renomado elenco do Al Hilal
Embora não seja tão badalado fora da Ásia, o Al Hilal é dono de um elenco bastante competitivo e que merece respeito no Mundial de Clubes. Com Matheus Pereira, André Carrillo, Michael (ex-Flamengo), Moussa Marega e outros nomes, o time da Arábia Saudita é forte e pode complicar para o bilionário rival da Inglaterra.
No último final de semana, por exemplo, os sauditas aplicaram a maior goleada da história do Mundial da Fifa: 6 a 1 no Al Jazira. A confiança do grupo está nas alturas.
5. Experiência de Leonardo Jardim
O Al Hilal também é muito bem treinado. Badalado pelo trabalhado realizado no Monaco anos atrás, Leonardo Jardim é o comandante da equipe saudita na atualidade. O treinador é um profissional muito capacitado e que pode surpreender nos Emirados Árabes.
Cabe pontuar que Jardim, antigo alvo de clubes do Brasil, é acostumado a competir no mais alto nível, uma vez que acumula experiências na Champions League e em outros torneios importantes da Europa.