5 protagonistas inesperados em decisões de Conmebol Libertadores
Por Antonio Mota
A Conmebol Libertadores da temporada passada foi decidida por um herói improvável: Breno Lopes. Predestinado, o atacante foi acionado na etapa final pelo técnico Abel Ferreira, marcou gol no apagar das luzes no Maracanã e garantiu o bi da América para o Palmeiras. Histórico e surpreendente, já que poucos fãs do esporte apostariam neste desfecho.
Com essa memória e com mais uma final pela Glória Eterna se aproximando, o 90min Brasil decidiu lembrar outros jogadores que seguiram um caminho semelhante ao de Breno Lopes em janeiro deste ano. Confira:
1. Tinga – Internacional x São Paulo – Libertadores de 2006
Internacional e São Paulo protagonizaram uma das finais de Conmebol Libertadores mais emocionantes dos anos 2000. Em 2006, numa época distante em que o Tricolor era soberano dentro e fora do Brasil, atual campeão do torneio, o Colorado chegou desacreditado à principal decisão de clubes da América do Sul, mas não se preocupou com isso.
Valente, o clube gaúcho venceu por 2 a 1 no Morumbi, com Rafael Sóbis marcando duas vezes na etapa complementar. Já na volta, no Beira-Rio, Fernandão abriu o placar e deixou o clima mais tranquilo, mas Fabão empatou e o nervosismo tomou conta do Rio Grande do Sul. O 1 a 1 era perigoso.
Foi, então, que surgiu Tinga. O volante não marcou em nenhuma partida naquela campanha, mas apareceu na final: 2 a 1. Com o placar, o Inter deu um passo importante rumo à Glória Eterna. O Tricolor ainda empatou no fim, mas já era tarde... a América foi pintada de vermelho.
2. Danilo – Santos x Peñarol – Libertadores de 2011
O Santos encantou e conquistou a América há cerca de uma década. Em 2011, com Neymar, Paulo Henrique Ganso, Elano e cia, o Peixe venceu adversários tradicionais, superou obstáculos e chegou com moral à final da Conmebol Libertadores.
Na oportunidade, o Peixe encarou o Peñarol e suou para conquistar o maior torneio do continente pela terceira vez. Após empate em 0 a 0 no Uruguai, o alvinegro voltou ao Pacaembu com o objetivo claro: vencer e ficar com o troféu. Mas não foi fácil.
Neymar abriu o placar, Danilo ampliou: 2 a 0. No fim, com Durval marcando contra, o Peñarol ainda diminuiu, mas ficou por aí... 2 a 1 e festa no Alçapão. O lateral foi decisivo.
3. Romarinho – Corinthians x Boca Juniors – Libertadores de 2012
O Corinthians enfrentou um adversário gigantesco na final da Conmebol Libertadores de 2012. À época, ainda “novato” aos olhos da América do Sul, o Alvinegro se deparou com o Boca Juniors e disputou os primeiros 90 minutos da decisão na temida Bombonera.
Com o apoio de 50 mil adeptos, os Xeneizes abriram o placar e imaginaram que encaminhariam mais uma conquista continental. Não foi bem assim. Oportunista, Romarinho, então com 21 anos e pouco badalado, entrou em campo e não perdoou: marcou aos 40 minutos da etapa complementar e deixou tudo igual na Argentina. Decisivo!
Já no Brasil, Emerson Sheik brilhou, marcou duas vezes e garantiu o inédito troféu para o Timão.
4. Cícero – Grêmio x Lanús – Libertadores de 2017
O Grêmio de 2017 encantou a América do Sul, mas suou para abrir o placar diante do Lanús na final da Libertadores daquela temporada. Mesmo com Luan, Arthur e companhia, o Imortal viu o 0 a 0 persistir no placar da Arena e, por pouco, não deixou que a decisão fosse 100% aberta para a Argentina. E tudo por um herói improvável: Cícero.
Já veterano, o meio-campista aproveitou passe de Jael, superou Andrada e deixou o Tricolor em vantagem: 1 a 0. Depois, na volta, Luan e Fernandinho completaram o placar. Sand ainda diminuiu para o clube argentino, mas ficou por aí: 3 a 1 no agregado.
5. Breno Lopes – Palmeiras 1 x 0 Santos – Libertadores de 2020
O caso mais recente. Na temporada passada, o Palmeiras chegou à final da Libertadores cheio de estrelas, mas quem brilhou foi a estrela de Breno Lopes. O atacante soube aproveitar a única chance que teve para desviar um cruzamento de Rony ir às redes contra o Santos e garantir o bi do Verdão. Histórico! E já no apagar das luzes, na prorrogação. O Maracanã explidiu.