50 dias para a Copa do Mundo: 1950, o ano do "Maracanazo" e a promessa feita por Pelé
Por Matheus Nunes
Para muitos torcedores brasileiros, a Copa do Mundo de 1950 foi uma grande decepção. A derrota para o Uruguai por 2 a 1 na última partida do torneio, em um Maracanã com mais de 199 mil pessoas e sendo, até hoje, o maior público da história dos Mundiais, é lembrado com tristeza.
Muitos jogadores que defendiam a Seleção Brasileira na época foram tratados como vilões por muitos anos, principalmente o goleiro Barbosa, responsável por sofrer o gol decisivo de Ghiggia. Ele foi acusado de ter falhado e carregou o peso da derrota até os seus últimos dias de vida.
O principal motivo da decepção foi devido ao clima de "já ganhou" no Rio de Janeiro. A campanha do Brasil durante aquele Mundial foi quase perfeita, derrotando grandes adversários como México, Espanha, Suécia e Iugoslávia e tendo Zizinho como o líder do time. Faltava apenas o último jogo para consagrar o excelente desempenho. Um empate era suficiente para o título, já que a Canarinho liderava o quadrangular final.
O dia 16 de julho de 1950 jamais será esquecido. Juan Alberto Schiaffino e Alcides Ghiggia foram os responsáveis por calar quase 200 mil torcedores e deixando marcada aquela partida como o famoso "Maracanazo".
Pelé, maior jogador de todos os tempos, era uma das vozes presentes no Maracanã empurrando a Amarelinha. Na época, o ex-atacante era apenas uma criança de 9 anos de idade. A vitória dos uruguaios foi marcante para ele, já que viu seu pai chorar igual criança.
Mesmo ainda um garoto, Pelé fez aquela derrota servir de motivação para sua futura carreira. O menino de Três Corações prometeu para seu pai que ainda conquistaria uma Copa do Mundo. E ele não só cumpriu, como venceu o torneio em três oportunidades, sendo a primeira oito anos após a promessa, e se tornou um ídolo eterno na história do futebol.