52 dias para a Copa do Mundo: os 52 hat-tricks da história dos Mundiais

Um, dois, três! O gol é o momento mais importante do futebol, afinal, é o que proporciona vitórias e eventos épicos, leva o torcedor ao delírio e antecede o grito de “campeão”. Imagine, então, fazê-lo em uma Copa do Mundo! E se for em dose tripla em uma única partida? Pois bem, o famoso hat-trick foi alcançado em poucas oportunidades ao longa da história do Mundial.

Até aqui, em 21ª edições da Copa (1930-2018) – o Mundial do Catar, a ser disputado no final do ano, será o 22º –, apenas 52 hat-tricks foram registrados em mais de 80 anos de existência da principal competição de seleções do planeta. O número gera uma média de um triplete a cada 17,3 partidas e 2,47 por torneio, que já viu a bola rolar em 900 jogos.

A Copa do Mundo viu o seu primeiro hat-trick logo em sua edição de estreia, em 1930. O autor foi Bert Patenaude, dos Estados Unidos, que “destruiu” o Paraguai. Já o mais recente foi há quatro anos, em 2018, quando Harry Kane, da Inglaterra, foi três vezes às redes contra a modesta Seleção do Panamá. Cristiano Ronaldo também alcançou tal marca na Rússia – e contra a Espanha.

Outras curiosidades sobre os hat-tricks em Copas. Até hoje, somente uma edição do torneio não teve um jogador sequer marcando três tentos em um único jogo: a da Alemanha, em 2006. Já o Mundial que mais viu tal feito foi o da Suíça, em 1954, que teve oito. Chuva de gols!

Mais, apenas quatro goleadores conseguiram marcar dois hat-tricks em uma única Copa: Sándor Kocsis (1954), Just Fontaine (1958) e Gerd Müller (1970), além de Gabriel Batistuta, que o fez em 1994 e em 1998. Aqui também vale mencionar feito do Rei Pelé, que até hoje é o jogador mais jovem a ter anotado um hat-trick na competição.

Hat-trick mais marcantes (e polêmico)?

Há pouco mais de quatro anos, em 2018, Cristiano Ronaldo teve uma atuação brilhante e anotou hat-trick de respeito no empate em 3 a 3 de Portugal com a Espanha. A performance o rendeu o recorde de jogador mais velho a marcar três gols em uma partida de Copa do Mundo.

O grande registro do camisa 7 da Seleção de Quinas, porém, passa longe de outro muito mais “pesado”. Em 1966, a Inglaterra sediou e venceu a Copa. Na final, o lendário Geoffrey Hurst fez história e acabou com o jogo: marcou três vezes na vitória por 4 a 2 sobre a Alemanha Ocidental. Ele é até hoje o único atleta a ter ido às redes três vezes em uma decisão do Mundial.

Há, no entanto, uma polêmica gigante em um dos gols de Hurst. Isto porque, a bola não entrou no segundo tento do britânico – e terceiro da sua seleção. O atacante chutou, a bola bateu no travessão, quicou no chão e voltou para o campo. A pelota não atravessou a linha da meta, mas o árbitro, após consultar o assistente, apontou para o centro do campo... Com esse e outros gols, a Inglaterra conquistou o seu tão sonhado título.