6 momentos especiais da carreira de Carlitos Tévez, que anunciou aposentadoria
Por Nathália Almeida
"Eu dei tudo que tinha no meu coração"
Foi com esta frase marcante e emocionante que Carlitos Tévez - após um ano sabático afastado dos gramados -, confirmou, em entrevista concedida na noite da última sexta-feira (3) ao canal América TV, sua decisão de se aposentar do futebol.
Dono de uma carreira brilhante marcada por mais de 20 títulos conquistados em mercados variados - ergueu taças em América do Sul, Europa e Ásia -, o Apache se despede dos gramados aos 38 anos de idade, tendo colecionado taças e marcas expressivas ao redor do globo.
Em homenagem ao atacante argentino, o 90min elenca, a seguir, 6 momentos especiais da carreira de Carlitos Tévez.
1. A Libertadores de 2003
Em 2003, Carlitos era apenas uma jovem promessa do futebol argentino, afinal, tinha 19 anos. Contudo, a pouca idade não impediu que grandes responsabilidades lhe fossem atribuídas de imediato: com o craque Juan Riquelme "saindo de cena" no Boca Juniors, surgiu espaço para o garoto reivindicar protagonismo na Bombonera. E assim foi.
Com grandes atuações no mata-mata, Tévez foi o nome do título xeneize na Libertadores de 2003. Marcelo Delgado pode ter sido o artilheiro da edição, mas na memória do torcedor, o recital foi do camisa 11: azar do Santos, que acabou dominado por Carlitos, autor de um gol e inúmeros lances agudos que atormentaram a defesa alvinegra na grande final.
2. Ouro olímpico em 2004
Um ano depois de se sagrar campeão da América, Carlitos foi convocado para representar a Argentina nos Jogos Olímpicos de Atenas, competição que a Albiceleste nunca havia vencido até então. Mas o atacante decidiu que esse "tabu" acabaria ali.
Com uma performance dominante e inabalável, Tévez passou por cima de todos os adversários que apareceram no caminho argentino, anotando oito gols na campanha e conduzindo sua equipe ao tão sonhado ouro olímpico. Foi dele o gol decisivo na vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai, na final.
3. O hat-trick contra o Santos, pelo Corinthians
A primeira e única experiência de Tévez no futebol brasileiro aconteceria em 2005, em uma bombástica negociação que o levou ao Corinthians. Por seu espírito aguerrido e de muita transpiração, o argentino não demorou nada para cair nas graças da Fiel. E seus gols decisivos no Brasileiro daquele ano também colaboraram para o status quase imediato de ídolo.
Foram algumas grandes atuações com a camisa alvinegra naquele ano, mas um jogo específico se destaca: no dia 6 de novembro, no Pacaembu, Tévez anotou três na goleada acachapante do Timão sobre o rival Santos. O 7 a 1 é lembrado até hoje pela Fiel.
Carrasco do Peixe, novamente.
4. A dobradinha no Manchester United
Depois de fazer muito sucesso com títulos expressivos por Boca Juniors e Corinthians, era hora da experiência no Velho Continente, caminho natural para a grande maioria das joias que surgem em solo sul-americano.
Seu segundo clube europeu foi o Manchester United e, por lá, Tévez deixou sua marca com gols importantes e seis títulos conquistados em três temporadas. Destaque para 2007/08, ano da dobradinha dos Red Devils: Premier League e Champions League. Assim, Carlitos adentrava o rol de atletas que conquistaram a América e a Europa ao longo da carreira.
5. Anos na Juventus: auge do Apache?
Contratado pela Juventus em 26 de junho de 2013, Carlos Tévez teve, no clube italiano, a melhor média artilheira de sua carreira no Velho Continente. Foram 50 gols anotados em 96 jogos disputados com a camisa bianconera, distribuídos ao longo de duas temporadas: 2013/14 e 2014/15.
Sob comando de Antonio Conte, foi o melhor jogador da Juve em 2013/14, anotando 19 gols na campanha do título da Serie A Italiana. Na temporada seguinte, já com Allegri, o Apache foi novamente o destaque individual da equipe de Turim: 29 gols e 10 assistências no ano, faturando a dobradinha nacional (Coppa + Scudetto) e ficando com o vice europeu.
6. A ovação no retorno ao Boca Juniors
Quando todos imaginavam que Carlitos cumpriria seu terceiro e último ano de contrato na Juventus - onde vivia grande fase, como lembramos no item anterior -, o argentino chocou o mercado da bola anunciando, durante a disputa da Copa América, que estava retornando ao Boca Juniors.
Em meados de 2015, o agora camisa 10 foi anunciado como novo reforço xeneize, voltando pra casa aos 31 anos de idade ainda em ótima forma. E com o ídolo de volta à Bombonera, o Boca conquistou duas taças logo de cara: o Campeonato Argentino e a Copa Argentina, ampliando ainda mais o já rico currículo do atacante de Ciudadela.