6 pontos que o Flamengo precisa melhorar até a decisão da Conmebol Libertadores

O Flamengo precisa melhorar muito antes da final da Conmebol Libertadores.
O Flamengo precisa melhorar muito antes da final da Conmebol Libertadores. / Wagner Meier/GettyImages
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Falta pouco. O mês da final da Conmebol Libertadores de 2021 chegou e agora Flamengo e Palmeiras têm cerca de três semanas para realizar os últimos ajustes para a maior decisão entre clubes da América do Sul na temporada. No dia 27, no Estádio Montevidéu, no Uruguai, o Rubro-Negro do Rio de Janeiro e o Alviverde de São Paulo deverão estar no mais alto nível possível e, para isso, precisarão melhorar muito.

O Fla, por exemplo, tem problemas em todos os setores do campo e mais. A seguir, veja os 6 pontos que o Flamengo precisa melhorar até a final da Libertadores.  

1. Sistema defensivo – posicionamento, bola parada, problemas com os laterais

Flamengo Rodrigo Caio
O sistema defensivo do Flamengo é muito frágil. / Miguel Schincariol/GettyImages

O Flamengo enfrenta problemas defensivos e não é de hoje. Contudo, o enfraquecimento coletivo das últimas semanas expôs ainda mais a fragilidade do setor. Há erros de posicionamento, dificuldades em jogadas aéreas, brechas nas laterais, sobretudo na direita, “buracos” na saída de bola e, em certos momentos, desorganização total, a qual obriga os defensores a correr em desespero na caça aos adversários.

A defesa, hoje, talvez seja a maior dor de cabeça do Fla.

2. Transição da defesa para o ataque

Willian Arão Flamengo
O Flamengo se desorganiza e é lento em muitos momentos. / Pool/GettyImages

O Flamengo também peca muito na transição entre a defesa e o ataque. Nas últimas semanas, o Rubro-Negro se desequilibrou no meio de campo e passou a sofrer na hora de circular a bola (e correr) entre o bloco defensivo e o ofensivo: falta velocidade, intensidade e principalmente organização, enquanto sobram erros, passes desnecessários e decisões equivocadas.

Renato Gaúcho precisa resolver esse imbróglio – assim como tornar o time mais eficaz na hora de recompor.

3. Repertório (e muito!)

Flamengo Everton Ribeiro
O Flamengo se mostrou 'travado' em muitos jogos. / Wagner Meier/GettyImages

Embora tenha muita qualidade individual, o Flamengo não tem conseguido se encaixar coletivamente. E isso impacta diretamente no repertório da equipe, problema que só aumentou desde a saída do lesionado Arrascaeta. Sem o uruguaio, o Fla perdeu criatividade e passou a ter o “chuveirinho” como uma das suas principais armas. É pouco para uma equipe com tantos recursos.

Contra o Cuiabá, por exemplo, que se fechou todo na defesa, o Flamengo realizou 45 cruzamentos. Acertou 9. Ou seja, falta repertório e eficiência na execução dos movimentos.

Além disso, passou a ser muito raro ver o Flamengo executar, de forma precisa, lances mais agudos, triangulações mais rápidas e jogadas mais articuladas, que que facilitam contra equipes bem postadas.

4. Arrascaeta e o bloco de frente

Flamengo Giorgian De Arrascaeta
O Flamengo perdeu muito sem Arrascaeta. / Wagner Meier/GettyImages

O Flamengo perdeu muito sem Arrascaeta, mas o problema não se resume a saída do camisa 14. Pelo contrário. Nos últimos tempos, Gabriel Barbosa, Bruno Henrique e Éverton Ribeiro caíram muito de produção e isso afetou demais o time. Outros nomes do meio de campo e ataque, como Thiago Maia e Diego, também não estão bem.

Renato precisa recuperá-los o quanto antes. Sem o quarteto em sintonia, o Fla tende a ter sérios problemas na final da Libertadores – e nos demais jogos da temporada.

5. Gabigol e os arremates finais

Flamengo Gabriel Barbosa
O Flamengo erra muito na hora de concluir os lances. / Alexandre Schneider/GettyImages

Homem-gol do Flamengo, Gabigol começou a temporada muito bem, mas se perdeu no meio do caminho e hoje enfrenta o seu pior momento com a camisa do clube. Isso, claro, mexe com todo o time. O camisa 9 não marca um gol pela equipe há nove partidas – ou desde o final de agosto, quando anotou um hat-trick contra o Santos. Além disso, ele também tem errado muitos chutes e sido pouco efetivo nos arremates.

Gabi, pelo papel que ocupa, é o grande exemplo deste problema, mas os demais jogadores também não estão com a pontaria afiada. Nas últimas três partidas, contra Fluminense, Athletico-PR e Atlético-MG, por exemplo, o Fla chutou 46 vezes, acertou 17 no alvo e marcou apenas dois gols. É pouco.

6. Para além do campo e bola...

Flamengo Libertadores Renato Gaucho
O Flamengo precisa chegar 100% à final da Libertadores. F / Wagner Meier/GettyImages

Todos os problemas do Flamengo citados acima podem ser revolvidos por Renato Gaúcho. É, aliás, o papel dele. Se aplicar o que sabe, e sabe muito, e ter dedicação, o treinador vai conseguir tornar o Fla ao menos mais competitivo para a final da Libertadores.

Outros problemas, porém, não são de exclusiva responsabilidade do ‘Garoto de Ipanema’. O departamento médico da equipe, por exemplo, precisa melhorar muito: o Rubro-Negro tem que chegar tinindo na maior decisão da temporada.