68 dias para a Copa do Mundo: Didier Deschamps, a França e a busca pelo terceiro ato
Por Lucas Humberto
Novamente entre as postulantes ao título, a França irá desembarcar no Catar com algumas coincidências em relação ao Mundial de 2018. Lloris, Lucas Hernández, Varane, Kanté, Pogba, Dembélé, Griezmann e, claro, Mbappé só não estarão na lista final se algo muito improvável acontecer. Outra semelhança poderá ser vista na área técnica: Didier Deschamps.
Nascido em 1968, o atual técnico dos Bleus possui lugar garantido no seleto rol de campeões mundiais como atleta e treinador. Em 1998, o ex-volante portava a braçadeira de capitão do time nacional naquela edição da Copa do Mundo. Quando Zinédine Zidane e Emmanuel Petit confirmaram a derrota do Brasil na grande decisão, Deschamps ergueu o troféu.
Mais de duas décadas depois, desta vez na Rússia, Didier conduziu a histórica campanha dos Bleus rumo ao topo do mundo. Finalista depois de bater a Bélgica, a França de Griezmann, Pogba e Mbappé - autores dos gols no duelo derradeiro -, derrotou a Croácia, por 4 a 2. Deschamps reviveu a glória nos braços dos seus comandados e com direito ao cobiçado troféu de novo em suas mãos.
Apenas três personagens do futebol venceram o Mundial como jogador e treinador. Zagallo, dono de três títulos, ganhou em 1958 e em 1962 dentro das quatro linhas, e em 1970 na área técnica. Franz Beckenbauer também levantou as taças em momentos distintos: em 1974 como atleta e em 1990 enquanto técnico.
A partir do dia 20 de novembro, Deschamps e seus comandados iniciam a caminhada para defender a conquista de quatro anos atrás. A França estreia no dia 22, contra a Austrália. Dinamarca e Tunísia completam a chave dos Bleus. A decisão está marcada para 18 de dezembro. Teremos Mbappé novamente por lá?