69 dias para a Copa do Mundo: Catar terá 69 auxiliares de arbitragem, sendo Neuza Inês Back a única brasileira

Neuza Inês Back: por que a catarinense é um oásis na arbitragem que vai ao Catar
Neuza Inês Back: por que a catarinense é um oásis na arbitragem que vai ao Catar / Arte: Eduardo Fricks
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Saudades é a terra natal de Neuza Inês Back, a primeira mulher brasileira a integrar o quadro de arbitragem em uma Copa do Mundo. A paixão pelo futebol está no sangue - o irmão André Luiz Back apitou partidas pela Federação Catarinense. A assistente sonhava em ser bailarina e precisou ter equilíbrio para administrar as ofensas que ouvia no início da carreira à beira do campo, dar a volta no preconceito e quebrar paradigmas dentro e fora das quatro linhas. Vale lembrar que as mulheres eram impedidas de jogar futebol no Brasil até 1983, um ano antes dela nascer.

A 'bandeirinha' catarinense está entre os 69 auxiliares convocados para trabalharem no Catar, sendo que além dela há apenas duas mulheres - Karen Díaz Medina (México) e Kathryn Nesbitt (EUA).

Neuza Inês Back, assistente de arbitragem
Neuza Inês Back nasceu na região metropolitana de Chapecó, no oeste catarinense, e levantou bandeiras para ser reconhecida no mundo do futebol / MB Media/GettyImages

Professora de Educação Física, Neuza Inês Back mantém uma rotina de atleta e ingressou na arbitragem em 2008. O primeiro jogo foi no ano seguinte e desde então as conquistas viraram motivo de inspiração para outras mulheres, visto que faz parte do quadro da FIFA em 2014, trabalhou em duas Olimpíadas (Rio 2016 e Tóquio 2020) e foi a primeira escalada em partidas do futebol masculino na Libertadores e Mundial de Clubes - atuação que rendeu elogio do presidente da FIFA, Gianni Infantino.

Em 2020 ela completou 100 jogos na Série A do Campeonato Brasileiro. A tão sonhada Copa do Mundo está prestes a acontecer, fatos que a tornaram uma das referências quando o assunto é a presença feminina no esporte mais popular do país. Atualmente ela é filiada à Federação Paulista de Futebol.

Ao todo são 129 profissionais de arbitragem no Catar, incluindo as árbitras Stéphanie Frappart (França), Salima Mukansanga (Ruanda) e Yoshimi Yamashita (Japão), trio que entra para a história a partir de novembro pelo pioneirismo em trabalhar no evento futebolístico mais aguardado do planeta bola.

O Brasil terá ainda mais seis representantes: os árbitros Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio e os assistentes Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa, Bruno Boschilia, Bruno Raphael Pires e Danilo Ricardo Simon Manis.

Quando o Brasil estreia na Copa de 2022?

O hexacampeonato é o sonho da Seleção Brasileira, que inicia sua jornada no Catar em 24 de novembro, contra a Sérvia, que também enfrentou em 2018. Logo depois encara na primeira fase Suíça e Camarões, adversários que venceu nos Mundiais de 2018 e 2014, respectivamente. Como está no grupo G, os dois melhores classificados terão pela frente no primeiro mata-mata, as oitavas de final, Portugal, Gana, Uruguai ou Coreia do Sul, integrantes do grupo H.

Esta será a segunda edição do Mundial disputada na Ásia. E como a superstição está presente na história do esporte, em 2002 quando a bola rolou no Japão e Coreia do Sul a canarinho levantou a taça...

Quando é a final da Copa do Mundo do Catar?

O campeão sai no dia 18 de dezembro no Estádio de Lusail, o maior estádio do Mundial, situado na cidade de mesmo nome que fica nos arredores de Doha.