8 estrelas abertamente LGBTQIA+ que estarão na Copa do Mundo Feminina de 2023
Por Nathália Almeida
Grupo que infelizmente ainda sofre com a intolerância e com o preconceito enraizados em nossa sociedade, a comunidade LGBTQIA+ tem, neste dia 28 de junho, um marco histórico de resistência. Além de celebrar identidade e as conquistas obtidas a custo de muito suor e luta contínua, a data serve para promovermos debates e reflexão, pois a mudança em prol de um mundo mais plural e respeitoso às diversidades só é possível através da educação.
Neste 28 de junho de 2023, o 90min mais uma vez reforça seu coro por uma sociedade mais inclusiva, trazendo materiais especiais que ajudem na construção de um futebol menos agressivo às minorias. No aquecimento para o torneio mais importante do calendário do futebol feminino e no embalo de uma data tão importante e significativa, elencamos, a seguir, 8 grandes estrelas abertamente LGBTQIA+ que estarão em ação na Copa do Mundo Feminina de 2023.
1. Megan Rapinoe (Estados Unidos)
Multicampeã por clubes e pela seleção dos Estados Unidos, a atacante vem se mantendo no ranking de melhores jogadoras do mundo há longos anos. Sua regularidade em alto nível impressiona. Mas para além dos feitos dentro das quatro linhas – que são muitos, afinal, estamos falando de uma bicampeã do mundo –, Rapinoe é uma poderosa voz na luta por direitos básicos para a comunidade LGBTQIA+.
2. Rachel Daly (Inglaterra)
Campeã da Eurocopa de 2022 e da Finalíssima de 2023, Rachel Daly é uma peça importante no elenco da Inglaterra, seleção que chega bem cotada ao título da Copa do Mundo da Austrália & Nova Zelândia. No ano passado, viveu a melhor temporada de sua carreira, com números expressivos vestindo a camisa do Aston Villa.
3. Quinn (Canadá)
Ser pioneiro e fazer história: Quinn nasceu para isso. Ao se assumir um homem transgênero não-binário, rompeu barreiras e mostrou que o futebol é, sim, para todes. Em 2021, se tornou a primeira pessoa assumidamente não-binária a disputar e conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos, conquistando o ouro nas Olimpíadas de 2021 pelo Canadá.
4. Marta (Brasil)
Seis vezes melhor do mundo e indiscutivelmente maior jogadora da história da modalidade, Marta disputará, na Austrália/Nova Zelândia, a sexta e última edição de Copa de sua vitoriosa e brilhante carreira. Vice-campeã em 2007, a lendária camisa 10 vai em busca de um dos raros títulos que faltam em seu currículo.
5. Pernille Harder (Dinamarca)
"Você não precisa esconder sua sexualidade para jogar futebol", disse Harder em entrevista concedida em 2022, logo após Josh Cavallo, atleta australiano, se assumir como gay publicamente. Considerada como a maior jogadora da história do futebol feminino de seu país, a atacante estará em campo pela Dinamarca na Copa do Mundo de 2023.
6. Sam Kerr (Austrália)
Primeira mulher a ser capa do FIFA, Sam Kerr, uma das grandes goleadoras do futebol feminino mundial, é a grande estrela da anfitriã Austrália. Com 86 gols em 110 partidas pelo Chelsea, a artilheira vem batendo recordes no futebol de clubes e também no futebol de seleções, afinal de contas, já deixou Tim Cahill para trás no ranking de maiores artilheiros da seleção australiana (entre homens e mulheres).
7. Sherida Spitse (Holanda)
Casada com Jolien van der Tuin e mãe de dois filhos, a camisa 8 da Holanda é uma verdadeira lenda do futebol feminino de seu país, sendo a recordista isolada em internacionalizações: já são mais de 200 jogos oficiais vestindo a camisa laranja, tendo o vice-campeonato mundial em 2019 como grande feito. A Copa do Mundo de 2023 será a terceira de sua carreira.
8. Pia Sundhage (Brasil)
Fechamos essa estrelada lista de protagonistas LGBTQIA+ que estarão no Mundial de 2023 com a comandante da Seleção Brasileira, Pia Sundhage. Bicampeã olímpica e vice-campeã do mundo com os Estados Unidos em 2011, a comandante sueca sempre tratou a sua sexualidade com grande naturalidade em entrevistas. Seu extenso currículo e seu conhecimento vasto sobre futebol são trunfos da Canarinho na Copa que se aproxima.