9 centroavantes históricos que não chegaram aos 413 gols de Fred
O fim da era Fred Guedes no futebol. O centroavante se aposenta neste sábado, 9 de julho, com a camisa 9 do Fluminense - que certamente eternizou -, contra o Ceará. Além de uma legião de fãs, conquistados por seu futebol e seu carisma, Fred deixa também um sólido legado quando o assunto é bola na rede. Foram 413 gols. 413 vezes em que fez o torcedor explodir em gritos, comemorações, êxtase. 413 gols distribuídos entre América-MG, Cruzeiro, Lyon, Fluminense, Atlético-MG e Seleção Brasileira.
O número o coloca com um dos maiores atacantes da história do futebol brasileiro e, inclusive, é maior do que a soma de alguns dos jogadores mais lendários da posição. Afinal, gol é gol, não é mesmo, torcedor? O 90min lista, a seguir, nove centroavantes históricos que não anotaram tantos gols quanto os 413 de Fred.
1. Mario Kempes - 365 gols
Herói do primeiro título mundial da Argentina - anotou os dois gols da vitória por 2 a 1 sobre a Holanda, na final, em 1978 -, Mario Kempes tem lugar cativo no coração de todos os argentinos - e também dos amantes de um goleador nato. Sua trajetória começou no Instituto, da Argentina, em 1973. Depois, passou por Rosario Central, Valencia, onde foi ídolo na Espanha, River Plate e Hércules. Passou seis temporadas no futebol austríaco, uma no Chile e a última na Indonésia. São 365 gols em 689 jogos na carreira, com 20 pela seleção alviceleste.
2. Jürgen Klinsmann - 324 gols
Klinsmann foi protagonista nos tempos de jogador e também teve bons momentos como técnico. Atacante raro que mesclava inteligência, força e velocidade, o alemão teve uma grande carreira em clubes (Stuttgart, Internazionale, Monaco, Tottenham, Bayern de Munique), mas foi na seleção da Alemanha onde sua estrela brilhou mais forte. A Copa do Mundo de 1990 foi seu primeiro título na carreira - nada mal, não é mesmo? Klinsmann ainda foi capitão do time que conquistou a Eurocopa em 1996. No total, o centroavante de personalidade forte fez 324 gols em 716 jogos.
3. Gabriel Batistuta - 356 gols
Não foi por acaso que Gabriel Omar Batistuta ganhou o apelido de “Batigol”. O argentino foi um centroavante completo: forte pelo alto e excelente finalizador com as duas pernas. Revelado pelo Newell’s Old Boys, Batistuta ainda jogou um ano no River Plate e outro no Boca Juniors antes de ser contratado pela Fiorentina. E foi na Viola que ele se tornou um dos atacantes mais letais do mundo. Foram 206 gols marcados em 334 jogos. Batigol também fez história pela seleção argentina: disputou três Copas do Mundo, conquistou duas Copas América e foi o maior artilheiro de sua seleção (55 gols), até ser superado por ninguém menos que Lionel Messi (86 gols e contando). Batistuta ainda foi campeão italiano pela Roma, defendeu a Internazionale e encerrou a carreira no Al-Arabi, do Catar. Com graves problemas nos joelhos, Batigol encerrou a carreira com 356 gols em 628 jogos.
4. Hernán Crespo - 307 gols
Ainda adolescente, Crespo se tornou protagonista do River Plate. Bicampeão argentino em 1993 e em 1994, o centroavante entrou de vez para a história do clube ao marcar os dois gols que garantiram a conquista da Libertadores de 1996, contra o América de Cali. Aos 21 anos, foi comprado pelo Parma, da Itália, e se tornou o maior artilheiro da história do clube, com 95 gols, além dos títulos da Copa da Itália e da Copa da UEFA (com direito a gol na final contra o Olympique de Marselha). Crespo ainda conquistou títulos com Lazio, Milan, Internazionale e Chelsea na vitoriosa carreira. Com a Argentina, disputou três Copas do Mundo e dividiu espaço com o também centroavante Gabriel Batistuta. Ainda assim, é o quarto maior artilheiro da história da seleção, com 35 gols (atrás apenas de Messi, Batistuta e Aguero). Ao todo, Crespo fez 307 gols em 671 jogos antes de se tornar técnico.
5. Andriy Shevchenko - 370 gols
Outro lendário atacante que não conseguiu superar a barreira dos 400 gols foi Shevchenko. O craque conquistou cinco títulos ucranianos nos primeiros anos de carreira e entrou de vez na elite europeia ao comandar o Dínamo de Kiev até a semifinal da Champions League, na temporada de 1998-99. Contratado pelo Milan, Sheva virou uma estrela global, conquistou uma Champions League e fez 174 gols em 322 jogos. Em 2006, o atacante ainda ajudou a Ucrânia a se classificar para uma Copa do Mundo pela primeira vez na história e levou a seleção até as quartas de final, quando perdeu para a Itália. Sheva ainda é o maior artilheiro da seleção ucraniana, com 48 gols. Depois de uma decepcionante passagem pelo Chelsea, o atacante voltou para mais uma temporada no Milan e se despediu do futebol no lugar onde começou, o Dínamo de Kiev. Foram 370 gols em 761 jogos.
6. Thierry Henry - 411 gols
Um príncipe em Monaco, um rei em Londres e um dos maiores jogadores franceses de todos os tempos. Em 917 jogos na carreira, Thierry Henry anotou 411 gols, sendo 228 (mais que a metade!) deles pelo Arsenal. Com uma trajetória extremamente vitoriosa, o centroavante conquistou títulos em praticamente todos os lugares por onde passou: França, Inglaterra e Espanha, além de uma Copa do Mundo, em 1998 - da qual as memórias para nós, brasileiros, são um tanto ácidas. Jogou uma temporada pela Juventus, da Itália, e encerrou a carreira na MLS, no NY Red Bulls, em 2014.
7. Didier Drogba - 366 gols
Na seleta lista de jogadores que eternizaram seu nome entre os torcedores de um clube, Drogba foi ainda mais longe: o marfinense mudou a história do Chelsea. Foram quatro títulos de Premier League, quatro Copas da Inglaterra e o tão sonhado troféu da Champions League, em 2012, pelos Blues. Com 164 gols em 381 jogos pelo clube, ele é o estrangeiro com mais gols e o quarto maior artilheiro da história do time. Pela Costa do Marfim, além de comandar a seleção nas suas únicas três participações em Copas, fez nada menos que o primeiro gol da história do time em um Mundial. Revelado pelo Le Mans, da França, passou ainda por Guingamp, Olympique de Marselha, Shanghai Shenhua, da China, Galatasaray, da Turquia, Montréal, do Canadá, e Phoenix Rising, dos EUA, onde encerrou a carreira com 366 gols em 794 jogos.
8. Miroslav Klose - 312 gols
Apenas o maior artilheiro da história das Copas do Mundo! O alemão Miroslav Klose anotou 16 gols em Mundiais e, até hoje, carrega o recorde. Completamente identificado com a seleção da Alemanha, pela qual anotou nada menos que 71 gols, o centroavante tem 312 gols marcados em 771 jogos na carreira, construída principalmente na Alemanha (Homburg, Kaiserslautern, Werder Bremen e Bayern de Munique) e, depois, por cinco temporadas na Lazio, da Itália.
9. Wayne Rooney - 366 gols
Lenda do futebol inglês e um dos maiores ídolos do Manchester United, Wayne Rooney foi um atacante exímio desde o início da carreira, em 2002, quando estreou pelo Everton aos 16 anos. Em 2004, com apenas 18 anos, impressionou na Eurocopa com a vice-artilharia do torneio. No entanto, foram os 13 anos com a camisa dos Red Devils que solidificaram o sucesso e os números do jogador. Com 366 bolas na rede em 883 jogos na carreira, Rooney marcou pela última vez em 2021, antes de se aposentar pelo Derby County. Pela seleção da Inglaterra, foram 53 gols, que garantem seu lugar como o maior artilheiro do time nacional.