A seleção ideal da Copa América Feminina
Por Nathália Almeida
Confirmando seu amplo favoritismo, a Seleção Brasileira foi até a Colômbia e conquistou seu oitavo título de Copa América Feminina, com uma campanha irretocável nos números e sólida nas performances, com exceção à grande final, onde não foi bem apesar da vitória por 1 a 0 diante das anfitriãs.
Encerrada a maior competição de seleções do futebol feminino sul-americano, chegou a hora de apontarmos quem brilhou nestas pouco mais de três semanas de bola rolando em solo colombiano. Como não poderia ser diferente, o Brasil emplacou o maior número de representantes na nossa seleção ideal da Copa América. Confira:
1. Lorena (Brasil)
Titular em todos os jogos da Canarinho na vitoriosa campanha, Lorena foi a única goleira a não ser vazada no torneio. Teve atuações muito corretas, passando enorme segurança para o torcedor brasileiro.
2. Antônia (Brasil)
Guarde esse nome. Antônia veio para ficar nesta seleção de Pia Sundhage, e parece ter conquistado de vez a titularidade na lateral-direita do Brasil. Foi uma verdadeira "leoa" no mata-mata, se destacando muito na marcação e na combatividade contra Paraguai e Colômbia. Ainda deu 3 assistências.
3. Daniela Arias (Colômbia)
Apesar de ter abusado da violência na grande final, Arias merece destaque por sua entrega e desempenho nesta Copa América. A Colômbia foi a segunda equipe menos vazada do torneio, e isso pode ser explicado pelo alto nível de sua camisa 3. Ela ainda brilhou no ataque, com dois gols.
4. Rafaelle (Brasil)
Segurança e tranquilidade são as características principais da capitã do Brasil, que mais uma vez sobrou em um campeonato com a camisa verde e amarela. Tecnicamente, é uma das zagueiras mais completas do mundo hoje.
5. Manuela Vanegas (Colômbia)
Apesar de ter cometido o pênalti sobre Debinha que decidiu a final da Copa América, a lateral-esquerda colombiana foi um dos pontos altos de sua equipe no torneio, se destacando especialmente no apoio. Entre jogadas agudas e assistências, colaborou muito na campanha do vice das Cafeteras.
6. Angelina (Brasil)
Até se lesionar na grande decisão - em uma fatalidade que deve afastá-la dos gramados por longos meses -, Angelina vinha sendo o grande nome do meio de campo brasileiro. Com presença, inteligência e maturidade, trouxe equilíbrio para o setor mais "frágil" da Canarinho neste torneio.
7. Leicy Santos (Colômbia)
A pequena e insinuante camisa 10 da Colômbia foi, com sobras, a grande articuladora deste campeonato. Com passes decisivos e muita criatividade, brilhou nas assistências e na preparação das jogadas agudas de sua equipe. Grande torneio da armadora das Cafeteras.
8. Linda Caicedo (Colômbia)
Eleita pela Conmebol como a melhor jogadora do torneio, Linda Caicedo foi muito bem na fase de grupos, decidiu a semifinal contra a Argentina e foi a principal arma de sua equipe na final contra o Brasil, causando enormes problemas à nossa defesa. Tem um futuro brilhante e recurso técnico para ser uma das melhores do mundo em breve.
9. Debinha (Brasil)
Principal artilheira do Brasil no torneio com cinco gols marcados, Debinha foi a melhor atacante do Brasil na decisão contra a Colômbia e a jogadora que mais incomodou as Cafeteras em uma final nervosa e muito abaixo da Canarinho. Chamou a responsabilidade e decidiu.
10. Bia Zaneratto (Brasil)
Apesar de não ter conseguido escapar da forte marcação colombiana na final, Zaneratto teve um torneio bastante regular e nivelado por cima, com números muito bons: 4 gols e 3 assistências, sendo a jogadora do Brasil com mais participações diretas para tentos verde e amarelos.
11. Yamila Rodríguez (Argentina)
Se a Argentina está na Copa do Mundo 2023, deve agradecer diretamente à atacante do Boca Juniors, que só não fez chover na Colômbia. Artilheira do torneio com seis gols, a veloz e habilidosa jogadora foi o nome da vitória por 3 a 1 sobre o Paraguai, na disputa pelo terceiro lugar. Sobrou!