A seleção ideal da Copa do Mundo Feminina de 2023
- Espanha, campeã com muitos méritos, domina a seleção do torneio
- Jovens como Salma Paralluelo, Miyazawa e Mary Fowler brilharam no maior palco
Por Nathália Almeida
Foram 30 dias de grandes emoções, recordes de público, decepções, alegrias e muita bola na rede até a merecida coroação de uma campeã inédita: a Espanha. Contrariando prognósticos negativos que pairavam sobre a equipe antes do início do torneio em virtude dos protestos de inúmeras jogadoras contra a comissão técnica de Jorge Vilda e Federação, a Fúria deixou os problemas de bastidores para trás, jogou como nunca e faturou sua primeira Copa do Mundo Feminina.
Como não poderia ser diferente, a Espanha domina a seleção ideal do torneio disputado na Austrália e Nova Zelândia, com cinco representantes. Confira, a seguir, o XI eleito pelo 90min como o mais brilhante desta Copa do Mundo.
1. Zećira Mušović (Suécia)
Com muito reflexo sob as traves e arrojo, a goleira sueca teve atuações espetaculares no mata-mata da Copa, sendo fundamental para a medalha de bronze de sua seleção.
Menções honrosas: Rebecca Spencer (Jamaica) Chiamaka Nnadozie (Nigéria), Mary Earps (Inglaterra) e Daphne van Domselaar (Holanda).
2. Ona Battle (Espanha)
Presente nos sete jogos da Espanha na Copa, Ona Battle foi, sem dúvida, a lateral-direita mais regular da edição. Com mais obrigações defensivas que Olga, liderou sua equipe em desarmes por partida (3.1 desarmes/jogo).
3. Alex Greenwood (Inglaterra)
Greenwood foi muito mais do que uma zagueira nesta Copa. Onipresente, conduziu a campanha da Inglaterra com passes decisivos, lançamentos precisos e visão de jogo apurada, além de muita liderança.
Menções honrosas: Stefanie van der Gragt (Holanda), Chantelle Swaby (Jamaica)
4. Amanda Ilestedt (Suécia)
Outra atleta que foi muito mais que uma zagueira neste Mundial. Importante na construção do jogo e no apoio, a camisa 13 da Suécia terminou a Copa na vice-artilharia da competição, com quatro gols.
Menções honrosas: Wendie Renard (França), Alanna Kennedy (Austrália)
5. Olga Carmona (Espanha)
Como não eleger para a seleção ideal a jogadora responsável pelos dois gols mais importantes da história da Espanha Feminina? Iluminada, Olga balançou as redes na semifinal e anotou o gol único da decisão.
Menções honrosas: Stephanie Catley (Austrália), Sakina Karchaoui (França), Manuela Vanegas (Colômbia)
6. Teresa Abelleira (Espanha)
Aos olhos de muitos fãs de futebol feminino que acompanharam a Copa, Teresa foi a verdadeira MVP do torneio, ainda que o prêmio tenha ido para Aitana. De qualquer forma, a camisa 3 sai gigante do Mundial: incansável, liderou o time em ações com bola e passes-chave.
Menções honrosas: Grace Geyoro (França), Jill Roord (Holanda), Kyra Cooney-Cross (Austrália)
7. Aitana Bonmatí (Espanha)
Eleita como melhor jogadora da Copa do Mundo, Aitana encantou o mundo do futebol por sua tranquilidade e inteligência, controlando as ações do jogo ao lado de Teresa em todas as partidas deste torneio.
Menções honrosas: Elin Rubensson (Suécia), Georgia Stanway (Inglaterra) e Jun Endo (Japão)
8. Hinata Miyazawa (Japão)
A jovem jogadora do Japão terminou o torneio como artilheira máxima da edição, com cinco gols anotados. Capaz de atuar centralizada como meia ofensiva, ou como segunda atacante, se revelou como um talento do qual podemos esperar ouvir muito daqui em diante.
Menções honrosas: Jenni Hermoso (Espanha), Toni Payne (Nigéria), Hayley Raso (Austrália), Leicy Santos (Colômbia), Selma Bacha (França)
9. Mary Fowler (Austrália)
Habilidosa, veloz e inteligente, a jovem atacante foi a principal válvula de escape da Austrália nesta Copa do Mundo. Não brilhou nas "estatísticas frias", mas desempenhou um papel tático importantíssimo para a maior competitividade das Matildas.
Menções honrosas: Thembi Kgatlana (África do Sul), Eesme Brugts (Holanda), Mina Tanaka (Japão)
10. Salma Paralluelo (Espanha)
Eleita como melhor jogadora jovem da Copa do Mundo, Salma Paralluelo, de apenas 19 anos de idade, mostrou muita personalidade no torneio com seus dribles e arrancadas. Marcou gols decisivos nas quartas e nas semis, provando maturidade e personalidade nos grandes palcos.
Menções honrosas: Linda Caicedo (Colômbia), Hildah Magaia (África do Sul)
11. Lauren Hemp (Inglaterra)
Diante da merecida suspensão de Lauren James por pisar em uma adversária durante o duelo de oitavas contra a Nigéria, Hemp assumiu o protagonismo ofensivo na Inglaterra e foi o destaque do time no mata-mata. Terminou o torneio com três gols e uma assistência.
Menções honrosas: Kadidiatou Diani (França), Catalina Usme (Colômbia)