A seleção ideal das quartas de final da Copa do Mundo Feminina de 2023
- Espanha, com grande atuação diante da Holanda, domina seleção
- Zagueira-artilheira da Suécia vem sendo "figurinha carimbada" nas seleções ideais
Por Nathália Almeida
Após quatro confrontos muito parelhos e decididos "no detalhe" – nenhum deles por mais de um gol de diferença –, a Copa do Mundo Feminina já conhece suas quatro seleções semifinalistas, com uma certeza: a vencedora da nona edição do Mundial erguerá o troféu pela primeira vez, afinal de contas, todas as quatro equipes que já foram campeãs do torneio mais valioso do futebol feminino já ficaram pelo caminho na Austrália.
A seguir, o 90min elenca a seleção ideal das quartas de final da Copa do Mundo Feminina, com presença marcante das jogadoras da Espanha, que fizeram grande jogo diante da Holanda.
1. Mackenzie Arnold (Austrália)
A goleira australiana fez defesas muito importantes durante o tempo regulamentar e durante a prorrogação, fundamental para manter o empate em 0 a 0 após 120 minutos. Mas foi nas penalidades que ela brilhou, de fato, defendendo três cobranças francesas e conduzindo as Matildas às semis.
2. Élisa de Almeida (França)
Jogando como lateral-direita, De Almeida teve uma atuação soberba diante da anfitriã Austrália: além de salvar um gol em cima da linha ainda na etapa inicial – frustrando chance claríssima de Fowler –, a defensora francesa ainda deu "aula" nos cortes e desarmes, vencendo a maioria dos duelos.
3. Alanna Kennedy (Austrália)
É verdade que a zagueira assustou a todos no lance do gol contra – anulado pela arbitragem por falta de Renard –, mas tirando este momento, teve uma atuação emblemática contra a França: totalizou nada menos do que 17 cortes na partida, dificultando demais a vida das atacantes francesas.
4. Amanda Ilestedt (Suécia)
Melhor zagueira desta Copa do Mundo Feminina até o momento, Amanda vem brilhando na retarguarda, com cortes precisos e recuperações de bola, e também na frente, com gols fundamentais para as classificações suecas. Deixou sua marca diante do Japão, chegando a quatro gols no torneio.
5. Alex Greenwood (Inglaterra)
Jogadora com mais passes completados neste Mundial, Greenwood é uma defensora muito diferenciada. Capaz de atuar pelo lado esquerdo ou mais centralizada no miolo de zaga, participa diretamente e efetivamente da construção do jogo. Contra a Colômbia, mais uma vez quebrou linhas com seus belos passes apoiados.
6. Teresa Abelleira (Espanha)
Motorzinho do meio-campo espanhol, Teresa não é uma jogadora de tantos gols ou assistências, mas traz um dinamismo e um equilíbrio imensos à Fúria. É uma das jogadoras que mais soma ações com bola e passes-chave nesta Copa do Mundo até o momento.
7. Georgia Stanway (Inglaterra)
Foi a jogadora mais inspirada do meio-campo inglês, importante na construção do jogo e também na combatividade. Terminou a partida contra a Colômbia com quatro desarmes, prova de sua importância defensiva no duro confronto que classificou as inglesas.
8. Jenni Hermoso (Espanha)
Mesmo quando não balança as redes, Hermoso contribui diretamente, de alguma forma, para as vitórias da Fúria na Copa. Diante da Holanda, fez de tudo um pouco: 4/6 em dribles certos, 4 finalizações, 12/17 em duelos vencidos e uma assistência.
9. Leicy Santos (Colômbia)
A grande maioria das jogadas de perigo das Cafeteras contra a Inglaterra passaram de alguma forma pelos pés de Leicy Santos. Sua boa atuação foi premiada com um golaço encobrindo Earps, um dos tentos mais bonitos da Copa até aqui. Infelizmente, não foi suficiente para classificar a Colômbia.
10. Mariona Caldentey (Espanha)
Luta, entrega e muita vitalidade resumem a atuação de Mariona diante da Holanda. Durante 100 minutos, a camisa 8 foi a principal válvula de escape do ataque espanhol, totalizando 9/9 em dribles certos, quatro passes-chave e um gol de pênalti no confronto.
11. Salma Paralluelo (Espanha)
Ela veio do banco de reservas para decidir o confronto contra a Holanda. Explosiva e muito habilidosa, a ponta de apenas 19 anos de idade precisou de somente uma bola em profundidade para tirar a marcação rival e tocar para o fundo das redes, selando o 2 a 1 da Fúria.