A seleção ideal das semifinais da Copa Libertadores 2023
- Fluminense e Boca Juniors, finalistas, dominam seleção ideal da fase
- Sistema defensivo xeneize merece destaque, e ataque tricolor predomina
Por Nathália Almeida
Com duelos eletrizantes e cardíacos tanto na primeira mão, quanto na segunda, as semifinais da Copa Libertadores não decepcionaram o fã de futebol. Na verdade, podemos dizer com grande propriedade e tranquilidade que os dois confrontos surpreenderam e muito, afinal de contas, os dois clubes que decidiram vaga fora de casa acabaram "quebrando a banca" e prevalecendo, mesmo longe de seus domínios: Fluminense, que venceu o Internacional de virada no Beira-Rio em uma partida emocionante que o Tricolor perdia até os 35' do segundo tempo; e o temido Boca Juniors, responsável por eliminar o favorito Palmeiras no Allianz Parque, nas penalidades.
Encerrada a fase de semifinais e conhecidos os dois finalistas do torneio mais importante das Américas, chegou a hora do 90min apresentar a seleção ideal da rodada. Montado no 3-5-2, este XI ideal levou em consideração os duelos de ida e volta, naturalmente privilegiado jogadores dos times classificados à decisão.
1. Sergio Romero (Boca Juniors)
Defesas espetaculares no tempo regulamentar e duas intervenções nas penalidades fizeram de 'Chiquito' Romero o grande nome da classificação do Boca Juniors no Allianz. Faz uma Libertadores espetacular.
2. Nino (Fluminense)
Vivendo sua melhor temporada em termos técnicos com a camisa do Flu, Nino teve um desarme "de cinema" no Beira-Rio, parando chance clara de Enner. Ganhou muitos duelos e foi o melhor da defesa tricolor, ao lado de Fábio.
3. Murilo (Palmeiras)
O Palmeiras não foi bem defensivamente na Bombonera, mas conseguiu sair sem sofrer gols. E pouco sofreu no Allianz, mas acabou vazado. Murilo, no entanto, esteve seguro nas duas partidas. Gómez, no entanto, não foi bem.
4. Jorge Figal (Boca Juniors)
Pela regularidade nos dois confrontos e por ter sido obrigado a "segurar a onda" da defesa xeneize ao lado de Romero após expulsão de Marcos Rojo, Figal merece a lembrança nesta trinca de zaga.
5. Luis Advíncula (Boca Juniors)
Como ala pela direita, temos o veloz e ofensivo Advíncula, melhor jogador do Boca na partida de ida. Com suas escapadas e jogadas individuais, criou muitos problemas para a defesa alviverde na Bombonera. Na volta, não comprometeu.
6. André (Fluminense)
Muito sobrecarregado na marcação e na contenção por conta dos esquemas hiper-ofensivos de Diniz, André segue se desdobrandando e mostrando sua onipresença em jogos grandes. É o "motor" do Fluminense, ao lado de Arias.
7. Pol Fernández (Boca Juniors)
Foi um "leão" na marcação na segunda partida contra o Palmeiras, totalizando incríveis 13 ações defensivas durante o tempo regulamentar: cinco cortes, quatro chutes bloqueados e quatro desarmes.
8. Alan Patrick (Internacional)
Se o Internacional esteve perto da vaga à final, isso se deve a Alan Patrick. Melhor jogador do Colorado no Maracanã e no Beira-Rio, marcou um gol e deu uma assistência na eliminatória. É um jogador especial e diferenciado tecnicamente.
9. Valentín Barco (Boca Juniors)
Ofensivamente, foi o jogador mais perigoso do Boca na somatória dos dois confrontos contra o Palmeiras. É lateral-esquerdo de origem, mas atuou nas duas partidas como meio-campista/ala pelo lado esquerdo, dando mais mobilidade e criatividade ao time.
10. Germán Cano (Fluminense)
O artilheiro isolado da Libertadores da América anotou três dos quatro gols do Fluminense no confronto contra o Internacional. Não é necessário dizer muito mais que isso. É absurdamente letal diante das redes adversárias.
11. John Kennedy (Fluminense)
O cria de Xerém vive seu melhor ano como jogador profissional e vem fazendo uma Libertadores especial como "elemento-surpresa" do time carioca. Deu uma assistência na ida no Maracanã e mudou a partida no Beira-Rio, com um gol e uma assistência.