Abel Braga volta a falar sobre vice do Internacional e espeta Flamengo: "Teve sacanagem"

Embora não esteja mais à frente do Internacional, Abel Braga continua “engasgado” com o vice do Campeonato Brasileiro de 2020 e assegurando que houve favorecimento ao Flamengo. Em entrevista concedida à Rádio Central, na noite da última terça-feira (29), o treinador comentou sobre a reta final do último Brasileirão e foi incisivo ao falar que “tiraram” a taça do Inter.

"A gente escuta tanta coisa, tanta bobagem, tanta besteira, vê tanta sacanagem. Eu te falo: Teve sacanagem nos dois últimos jogos do campeonato. Sempre só para um lado, é complexo o negócio. Mas, fazer o quê? O que consta é quem foi campeão, quem chegou em primeiro, mas não era para ser bem assim não", declarou Abel Braga, antes de emendar:

"Eles (Flamengo) até tiveram um futebol mais vistoso, mas nosso futebol era muito objetivo, operário e coletivo e a gente não tinha medo de ninguém. O time não ia engatar nove vitórias seguidas à toa. Mas tiraram da gente, fazer o quê, foi pena, um negócio meio inacreditável para muita gente", completou o treinador.

A indignação de Abel Braga é em relação às duas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro: na 37ª rodada, o Flamengo venceu o Internacional por 2 a 1, no Maracanã, em uma partida marcada pela polêmica expulsão de Rodinei; na 38ª jornada, o Inter reclamou de dois gols anulados e de um pênalti desmarcado após consulta do VAR no empate contra o Corinthians, no Beira-Rio. Caso vencesse algumas das partidas, o Colorado seria o campeão.  

Vale lembrar que o Flamengo conquistou seu oitavo Brasileirão, o segundo de forma consecutiva, com apenas um ponto de vantagem para o vice Internacional: 71 a 70.

Em entrevista, Abelão também falou sobre a proposta que recebeu do Al-Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, após deixar o comando do Inter. O treinador revelou que estava tudo muito bem encaminhado, mas que, no final das contas, o clube decidiu seguir por outro caminho.

"Eu estava em casa e já estava tudo acertado para ir para o Al-Wahda, rival do Al-Jazira, onde trabalhei, em Abu Dabi. Já tinha fechado número e comissão técnica também, mas aí, na hora, colocaram um treinador holandês pagando 30 mil dólares (R$ 172 mil) por mês. Até comentei que 30 mil dólares era o bicho na época do Al Jazira. Mas futebol é assim, tudo muito rápido. Agora espero ficar em casa e ver jogos melhores", completou.

As informações acima são do O Dia.

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