Abel Ferreira fala sobre o futuro no Palmeiras e confirma propostas de outros times: "Tenho um plano"
Por Antonio Mota
Campeão do Campeonato Paulista de 2023, Abel Ferreira conquistou o seu oitavo título pelo Palmeiras neste último final de semana. Em entrevista após o triunfo diante do Água Santa, no Allianz Parque, o treinador comentou sobre o futuro no clube e destacou que está muito feliz. Porém, apesar da felicidade, contou que nem tudo é fácil nesta sua vitoriosa jornada no Brasil.
“Eles (auxiliares) não querem sair daqui (risos). Nós somos o time do amor, o time da virada. Já disse que sou um treinador que gosta de estar onde querem que eu esteja”, expôs, falando sobre a alegria da sua comissão técnica em trabalhar no Verdão. Abel ainda contou qual é o único problema da equipe e revelou que recebeu propostas para deixar o clube:
"Eu disse (ao Galiotte, antes da primeira Libertadores): ‘Esse é o clube dos sonhos de qualquer treinador. Só tem um defeito, que é um oceano no meio, dez horas de distância da minha família e meus pais’."
- iniciou Abel, emendando:
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“De resto é um clube top. Sei como funciona se não ganhar, igual para todos os treinadores. Mas como eu disse, gostamos muito de estar aqui. O clube sabe, já várias propostas chegaram. Eu digo que não quero que me liguem, sabem que eu tenho um plano para mim. O futebol é dinâmico. Tenho minha família aqui. Tenho que pensar no todo, não posso ser egoísta. O próximo passo tem que ser muito bem pensado”, completou.
O comandante do Palmeiras ainda disse que está acostumado com as cobranças e contou que tem ‘orgulho de fazer parte desse clube’. “Estamos bem aqui”, frisou. “Eu tenho ganhado e vão me engolindo. Sei que quando não ganhar, vão disparar as flechas. Faz parte do futebol. Mas aqui dentro, o clube dá todas as condições para podermos trabalhar... Já ganhamos dois títulos (em 2023). Quanto mais ganhamos, mais expectativa criamos”, pontuou.
“Não sei quanto tempo mais isso vai dar, quanta gasolina meus jogadores ainda têm para continuar com esse desejo”, encerrou.
Ainda na entrevista, Abel falou que o futebol no Brasil é fantástico, mas que também tem ‘coisas desumanas’. O treinador citou o calendário e voltou a cobrar mudanças: “Temos que reduzir o número de jogos. Quem está sentado lá tem, de uma vez por todas, humanizar isso”. E concluiu: “Até o dia que eu me cansar, vou embora”.