Acertos e erros: o que fica do trabalho de Rodrigo Caetano no Internacional
Por Fabio Utz
Foi em maio de 2018 que Rodrigo Caetano desembarcou em Porto Alegre como novo executivo de futebol do Internacional. Com passagens, principalmente, por Grêmio e times do Rio de Janeiro, trouxe consigo a vivência de mercado para agregar no dia a dia de um clube, à época, em reconstrução. Agora que ele está de saída do Beira-Rio (já anunciou isso de forma oficial), dá para se dizer que seu trabalho foi não mais que mediano.
De positivo, fica a inegável sensação de que o dirigente conseguiu, através de sua expertise, agregar alguns nomes de valor ao plantel. Foi o seu relacionamento, por exemplo, que possibilitou a chegada de Paolo Guerrero. Além disso, soube trabalhar a busca por peças como Boschilia e até mesmo Thiago Galhardo, uma aposta da direção que acabou dando certo. É nítido, sim, que o Colorado tem uma postura mais profissional para lidar com questões relacionadas ao dia a dia do futebol.
No entanto, em alguns momentos Caetano não exerceu o papel que dele se esperava. Quantas vezes foi aos microfones reclamar de arbitragem, xingar juízes. Não é dele essa função de "aparecer" como dono da verdade e falar em nome da instituição. O executivo deve ser, "apenas", um funcionário e, claro, se portar como tal. Além disso, talvez pressionado pelos maus resultados de campo, sucumbiu a desejos de treinadores trazendo jogadores no "afã" de acertar e sem qualquer tipo de convicção, casos de Abel Hernández, Leandro Fernández e Lucas Ribeiro.
Seria, sim, sua incumbência mostrar ao comandante da equipe alternativas a esses nomes e não apenas ir atrás de indicações que, na maioria das vezes, se mostram inconcebíveis. Do Inter, o profissional não sai maior nem menor. Mostrou qualidades e defeitos, mas nunca apareceu como unanimidade entre os colorados.
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