AD10S | A extraordinária carreira de Maradona em imagens
Por Antonio Mota
O mundo do futebol foi pego de surpresa e tomou um duro golpe no início da tarde última quarta-feira (25): Don Diego Armando Maradona sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Aos 60 anos, o gênio argentino da camisa 10 deixou milhares de fãs e ‘não-fãs’ do esporte com o coração partido e se foi, mas sua imagem nunca será esquecida.
A seguir, confira o imenso e extraordinário legado deixado por um dos melhores jogadores de todos os tempos.
Argentinos Juniors (1981-82)
Maradona nasceu no dia 30 de outubro de 1960 e viveu sua infância em Villa Fiorito, bairro muito humilde da periferia de Buenos Aires, na Argentina. Lá, ele teve os seus primeiros contatos com a bola e chamou atenção de Francis Cornejo, olheiro que o levou para o Argentinos Juniors.
“Ele fez maravilhas com a bola, coisas que eu nunca vi. ‘Ele é um anão’, pensei. Ele não poderia ter apenas 8 anos”, comentou Cornejo sobre o pequeno Dieguito.
Já no Juniors, Maradona cresceu, decolou e com apenas 15 anos, no dia 20 de outubro de 1976, iniciou sua carreira no profissional. Por lá, ele disputou 166 partidas e marcou 116 gols. Em 1981, foi para o Boca Juniors.
Boca Juniors (1981-82)
Em baixa na Argentina, o Boca Juniors resolveu investir em Maradona e em 1981 o contratou junto ao Argentinos Juniors. Uma das melhores escolhas da história do clube. Lá, o pequeno hermano disputou 40 partidas, marcou 28 tentos e foi determinante para o time erguer o troféu da Liga Nacional.
Resultado: Diego Armando Maradona iniciou sua imortalidade no clube.
Barcelona (1982-84)
Observando o talento de Maradona, o Barcelona não perdeu tempo e em 1982 desembolsou 8 milhões de dólares para tirá-lo do Boca Juniors – maior transferência da época. Já no Camp Nou, o camisa 10 conquistou uma Copa do Rei, uma Copa da Liga Espanhola e uma Supercopa da Espanha. Porém, se envolveu em muitas confusões e acabou não rendendo o esperado.
Napoli (1984-92)
O seu verdadeiro lugar no Velho Continente: a Napoli. Recepcionado por mais de 70 mil pessoas no San Paolo, no dia 5 de julho de 1984, Maradona se reencontrou e foi o grande personagem para o clube italiano entrar forte na briga contra Juventus de Platini e Milan.
Lá, o gênio argentino conquistou duas Série A, uma Copa da Itália, uma Supercopa da Itália e ainda uma Liga Europa. E certamente mudou o futebol do país.
Copa do Mundo (1986)
Maradona participou da Copa do Mundo de 1982, mas foi na de 1986 que ele explodiu e conquistou o planeta bola. Inclusive, foi nessa edição do maior torneio de seleções do globo terrestre que ele eternizou a “Mão de Deus” e também fez o gol mais bonito da história da competição.
Cabe notar também o peso histórico e simbólico da vitória da Argentina para cima da Inglaterra. Maradona, com a mão divina e tudo, se eternizou e elevou a moral de sua país.
E mais: a Argentina conquistou aquela Copa, o que tornou tudo ainda maior e mais significativo. Os hermanos saudavam um novo deus.
O Deus Maradona na Napoli (1989)
A Napoli estava muito feliz com os títulos conquistados nacionalmente com Maradona, mas o camisa 10 queria mais e foi atrás. Focado, o craque argentino conseguiu uma Europa League para os italianos. Ele mudou o time de patamar – a cereja do bolo.
Copa do Mundo (1990)
Após conquistar o mundo em 1986, Maradona queria repetir a dose em 1990, mas, infelizmente para ele e para os argentinos, isso não foi possível. A Seleção Argentina, mesmo com o apoio dos napoletanos e anfritriões, ficou com o vice e a Alemanha comemorou mais um troféu mundial.
Sevilla (1992-93)
Após destaque na Napoli, Maradona foi para o Sevilla e tentou ter sucesso na La Liga. Bom, ele não conseguiu, mas isso não muda sua história. Gênio!
Newell's Old Boys (1993-94)
Volta para a América do Sul. Após anos e mais anos na Europa, Dieguito assinou com o Newell's Old Boys e voltou para a Argentina. Em seu novo clube, porém, ele fez apenas 5 jogos – o que foi mais do que o suficiente para ele penetrar os corações rubro-negros.
Copa do Mundo (1994)
Maradona chegou bem e cheio de holofotes à Copa do Mundo de 1994, mas foi pego no exame antidoping e se despediu de forma negativa da competição. Uma pena.
Boca Juniors (1995-97)
Embora tenha se despedido mal das Copas do Mundo, Maradona não fez o mesmo por clubes. Em 1995, o camisa 10 voltou ao Boca Juniors, disputou três temporadas e, mesmo não atuando com tanta frequência, “desceu as cortinas” como merecia: como um dos maiores de todos os tempos.