Afinal de contas, Elias de volta ao Corinthians é uma boa opção?

Torcedor declarado, Elias já viveu bons momentos no Corinthians. Ao todo, foram duas temporadas e títulos importantes, como a conquista da Série B, em 2009, juntamente com o Paulista e a Copa do Brasil do mesmo ano. Sem esquecer, claro, da mais expressiva: o Brasileirão de 2015. Entre conquistas, canecos, glória e vitórias, Elias conseguiu marcar seu nome na história do clube e talvez seu maior feito diante da torcida tenha sido justamente esse: o prestígio.

Quando chegou pela primeira vez, em 2008, o clube paulista vivia uma de suas maiores crises, após ser rebaixado para a Série B. Foi com uma habilidade singular na marcação e a capacidade de reação no ataque que fizeram com que Elias ganhasse a vaga de titular. E, com essa condição, levou o Corinthians de volta à Série A e também aos títulos.

Mas, afinal de contas, qual o ponto de toda essa retrospectiva? A resposta é: momento. Há 12 anos, estar na Série B representou um dos piores momentos para a torcida. Hoje, diante do cenário atual, a crise não é iminente. Ela é real e está aqui. O time formado por Tiago Nunes talvez não seja tão ruim quanto falam, mas está longe de parecer um conjunto que vai "dar liga". Assim, Elias, que aceitou receber 10 vezes menos, não só seria uma boa opção como jogador, mas como pessoa.

Em meio a crises internas, econômicas e falta de perspectivas, nem os torcedores mais otimistas conseguem visualizar um bom momento para o clube. Pensando estrategicamente, Elias é considerado um veterano, afinal, com os seus 35 anos de idade, pode ser que não renda mais como na sua primeira passagem. Entretanto, isso pode ser enxergado de duas formas pelo técnico: possibilidades ou inviabilidade.

É fato que ainda não podemos avaliar o trabalho de Tiago Nunes comandando o Corinthians. O técnico, que evita conflitos desnecessários e parece se concentrar no estudo, não parece muito interessado em Elias. Mas deveria. O volante já mostrou que sabe lidar com crises e comprometimento com o clube não falta, tanto que nunca escondeu sua torcida, por mais que isso signifique perder chances com outros clubes. Claro, a idade é algo que pesa e não deve ser desconsiderado, mas ao redor do mundo, os melhores técnicos já conseguiram trabalhar com adversidades até maiores, como lesões. Aqui, o que vai pesar é se o treinador vai conseguir administrar seus jogadores, independente da idade, habilidade ou comprometimento.

Mas, afinal de contas, o que é mais importante: habilidade e comprometimento, ou idade?