Ainda subestimada, Ligue 1 desta temporada já entregou tudo que sempre se pediu do torneio

Ligue 1 está sendo um dos melhores nacionais da temporada europeia
Ligue 1 está sendo um dos melhores nacionais da temporada europeia / John Berry/Getty Images
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Muito criticada pela opinião pública por sua "baixa competitividade" e nível técnico supostamente aquém em comparação às demais grandes ligas, a Ligue 1, em sua edição 2020/21, derrubou (ou deveria ter derrubado) por terra todas essas opiniões estereotipadas sobre o torneio. Totalmente indefinido restando apenas três rodadas em disputa, o Campeonato Francês vive sua temporada mais exuberante, contando com os 'ingredientes' que muitas pessoas cobravam da competição e de seus protagonistas há muito tempo.

Da imprevisibilidade às múltiplas variações táticas, passando pela ascensão de agradáveis surpresas como o Lens - clube que passou por uma reformulação espetacular de mentalidade e gestão em seus bastidores -, o Campeonato Francês nunca forneceu tantas possibilidades como agora. O PSG, que conquistou os três últimos títulos nacionais sem maiores dificuldades ou complicações, hoje se vê diante de uma fortíssima competição tripla: Lille, Mônaco e Lyon ainda têm chances matemáticas de faturarem a taça, cada um deles com sua filosofia de jogo e identidade.

Do longo prazo de Christophe Galtier no Lille (2017-) à busca do croata Niko Kovač por 'redenção pessoal' no Mônaco após passagem-relâmpago terrível pelo Bayern de Munique, as áreas técnicas da Ligue 1 também contam histórias interessantíssimas, envolvendo os dois extremos da tabela.

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Lyon e Mônaco ainda brigam pelo título nacional na França / PHILIPPE DESMAZES/Getty Images

Além de tudo isso que já citamos, é importante destacar a Ligue 1 em seu trabalho de valorização e protagonismo de jovens: dentre as cinco grandes ligas da Europa, é a que apresenta menor média etária geral (25,6 anos), ou seja, é um campeonato rejuvenescido e que dá muita margem para a ascensão/maturação de garotos. Rayan Cherki (Lyon), Jérémy Doku e Eduardo Camavinga (Rennes), Nathanaël Mbuku (Reims), Adil Aouchiche (Saint-Étienne) e outros tantos: são muitas joias brutas para ficarmos de olho nos anos que virão.

Se não faltam talentos em ação, jogos bem disputados, modelos de gestão/jogo variados e disputa acirrada pelo título, o que falta para você, torcedor, mudar sua concepção sobre a Ligue 1?