Além do baque financeiro, Corinthians vê ações judiciais se acumularem durante período sem jogos
Por Fabio Utz
O baque é gigantesco. Os quatro meses sem futebol devido à pandemia de coronavírus refletiram diretamente nas finanças do Corinthians. Houve queda de 70% em receitas de televisão, corte integral do pagamento por parte de cinco dos nove patrocinadores e diminuição de 30% na entrada de dinheiro do programa de sócio-torcedor. Mas não é apenas isso. O período serviu, também, para o acúmulo de problemas e ações judiciais.
Tudo começou quatro semanas após a paralisação do calendário, como lembra o Uol Esporte. Na ocasião, o Parque São Jorge ficou quatro dias sem luz por falta de pagamento - o Timão justificou o erro pela mudança de rotina em função da adoção do home office por parte dos funcionários. Depois, os atrasos salariais tiveram início, chegando a três meses em junho. Neste mesmo período, veio o imbróglio envolvendo o volante Jucilei, vendido ainda em 2011. Em dezembro de 2019, o Corinthians havia acertado, de forma parcelada, o repasse de R$ 18 milhões ao J. Malucelli. Como não houve o pagamento, os paranaenses pediram a penhora de receitas - a dívida, hoje, atinge R$ 23 milhões.
Em seguida, por conta de ação do ex-volante Marcelo Mattos, que cobrava desde 2012 direitos de arena, férias proporcionais e depósitos do FGTS, houve o bloqueio de R$ 500 mil. Isso sem contar que o atacante Jonathas ingressou com pedido de pagamento relativo a direitos de imagem por conta de sua passagem pelo clube, em 2018. Por fim, agora em julho surgiu a penhora de R$ 400 mil em uma vitória do América-MG nos tribunais. A ação está ligada a um pagamento do Corinthians ao Fluminense referente à contratação do volante Richard. Os cariocas tinham uma dívida com o Coelho por conta da venda do atacante Richarlison ao Watford, da Inglaterra, e a mesma teria sido repassada aos paulistas. Enfim, é problema que não acaba mais.
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