Com brilho da goleira, Alemanha bate Espanha e conquista o bronze nas Olimpíadas
- Partida foi marcada por dois pênaltis
- Alemanha conquista o quarto bronze em Olimpíadas
Por Izabelle França
A Alemanha está no pódio dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A Nationalelf derrotou a Espanha, atual campeã mundial, por 1 a 0, em Lyon, e garantiu o bronze. Em jogo marcado por pênaltis, Gwinn balançou as redes para as alemãs, mas um dos grandes nomes responsáveis pela medalha foi a goleira Berger, sendo decisiva.
Os minutos iniciais foram bastantes equilibrados. A Nationalelf atuou de forma mais compacta, visando dificultar a troca de passes de La Roja, e conseguiu. As espanholas não conseguiram rodar a bola de pé em pé. No perde e ganha, a primeira chegada ao gol veio aos 18. Bühl apareceu bem na esquerda, colocando Cata Coll para trabalhar.
Aitana era bastante procurada, mas pouco conseguia fazer. A Espanha conseguiu chegar ao ataque através da bola parada. Teresa cobrou boa falta na intermediária, mas a bola passou por cima do travessão. Uma bobeada quase custou caro para as alemãs. Athenea recebeu livre na ponta direita e chutou em cima de Berger, que ainda evitou o rebote de Salma Paralluelo.
O jogo ficou mais animado na reta final. Porém, a falta de sorte impediu que La Roja abrisse o marcador, sendo a melhor oportunidade de todo o jogo. Aitana foi acionada dentro da meia-lua e carimbou o travessão. Jenni Hermoso tentou aproveitar a sobra, batendo de primeira, mas a redonda desviou na marcação e resolveu beijar a trave antes de sair.
Na volta do intervalo, as seleções protagonizaram o mesmo script. Com o passar do tempo, as espanholas tiveram mais liberdade para trocar passes no campo de ataque, com Alexia Putellas no comando, se apresentando para ditar o ritmo e até auxiliando na parte defensiva. As adversárias responderam prontamente. Gwinn se livrou da zaga para receber lançamento e cabeceou para fora.
Aos 63, Gwinn surgiu bem na área, estava pronta para tentar cabecear, mas Cata Coll saiu do gol e trombou direto na meia, cometendo pênalti. A própria camisa 15 converteu com segurança, deslocando a goleira para deixar a Nationalelf na frente.
As alemãs poderiam ter matado o jogo, com Schüller, que parou na grande defesa de Cata Coll. Na reta final, Olga Carmona descolou belo lançamento. Hermoso desviou dentro da pequena área e Berger salvou a pátria.
Faltando dez segundo para o término do jogo, Minge atingiu Lucía García na área. Penalidade máxima. Alexia Putellas, duas vezes eleita melhor do mundo, escolheu o lado esquerdo. Berger brilhou com grande defesa.
Destaques Espanha 0 x 1 Alemanha
1. Equilíbrio
Espanha e Alemanha protagonizaram um jogo bem equilibrado, especialmente no primeiro tempo, onde a disputa ficou marcada no meio de campo e no “perde e ganha”. O ritmo seguiu depois do intervalo, mas La Roja teve mais liberdade para jogar no seu estilo e não conseguiu aproveitar, enquanto a Nationalelf desperdiçava as oportunidades. Entretanto, conseguiu balançar as redes.
2. Que isso goleira?
Aos poucos, a Alemanha encontrava espaços na defesa. Gwinn teve algumas oportunidades e, ao surgir livre na área, tentou aproveitar o lançamento e foi atropelada por Cata Coll, que foi para atingir a jogadora. A arbitragem marcou pênalti logo em seguida e aplicou o amarelo.
3. Gol do bronze
Gwinn, a jogadora que sofreu o pênalti, foi para a cobrança e não titubeou, bateu com segurança. A meia-campista deslocou Cata Coll e colocou a bola no lado esquerdo, garantindo o pódio da Nationalelf.
4. Defesas para confirmar o pódio
Gwinn resolveu na parte ofensiva, entretanto, a Alemanha contou com Berger para decidir. A goleira fez grande defesa na reta final da partida. Jenni Hermoso recebeu belo lançamento de Olga Carmona, cabeceou sozinha e a goleira salvou com grande defesa. Nos segundos finais, a camisa 1 garantiu a medalha olímpica após mostrar toda sua frieza ao defender pênalti de Putellas, sendo um dos grandes nomes da Nationalelf.
5. Bronze confirmado
Essa é a quarta vez que a Alemanha conquista o bronze nos Jogos Olímpicos. Nenhum outro país na história terminou tantas vezes o torneio nessa mesma posição.