Andrés Sanchez cumpriu ‘maior objetivo’ à frente do Corinthians, mas não cumpriu várias promessas
Por Antonio Mota
A partir desta segunda-feira, 4 de janeiro de 2021, o Corinthians vai ter um novo presidente: sai Andrés Sanchez, que encerra hoje (3) o seu terceiro mandato à frente do clube, e entra o seu sucessor Duílio Monteiro Alves, que foi eleito em novembro do ano passado e toma posse amanhã. O novo mandatário vai ocupar o cargo máximo da agremiação até o final de 2023.
De saída de Itaquera, como informa o ge, o antigo cartola vai deixar de sua última gestão duas taças do Campeonato Paulista (2018 e 2019), o feito de ter vendido o novo da Neo Química Arena e uma equipe feminina multicampeã, mas também uma dívida bilionária e muitas promessas não cumpridas. Confira abaixo.
Andrés Sanchez iniciou o seu terceiro mandato à frente do Corinthians em fevereiro de 2018. E, em campanha, o cartola fez várias promessas que não cumpriu, como: ele afirmou que se afastaria do cargo de deputado federal, mas isso não aconteceu – ele ficou no posto até o final daquele mesmo ano. Além disso, o mandatário também falou que iria dar mais transparência ao Timão, o que também não ocorreu.
À época, Sanchez falou que divulgaria mensalmente os balanços financeiros do Alvinegro Paulista, o que aconteceu apenas no começo de sua gestão. Depois, observando os déficits mensais, o cartola optou por apresentar a prestação de contas da equipe de forma trimestral ou semestral. Outros detalhes relacionados aos cofres do clube também foram omitidos, como, por exemplo, as condições de pagamento de Luan, ex-Grêmio, e dos valores do patrocínio máster do BMG.
Cabe lembrar também das confusas explicações dadas em relação à transação do lateral-esquerdo Carlos Augusto para o Monza, da Itália, no ano passado. A princípio, o Timão informou que ficaria com 60% dos direitos do atleta. Porém, tempos depois, o clube divulgou que vai embolsar 60% sobre uma eventual venda dos italianos.
Em sua campanha, ainda conforme o ge, Andrés Sanchez enviou 10 propostas ao Globo Esporte, mas algumas delas foram se perdendo com o tempo. Em uma, por exemplo, o cartola falou que iria "propor uma parceria com o Corinthians Casuals, criando nossa vitrine para a Europa e internacionalização. Também vamos reatar nossos laços com a China, estabelecendo relações com a confederação do país, e iniciando a movimentação em direção de ter-se um Corinthians chinês, desenvolvendo ações de marketing conjuntas e muito mais”, o que não aconteceu. De 2018 até hoje, o Alvinegro fez apenas uma ação nesta direção: uma homenagem ao Casuals em sua terceira camisa de 2020.
E mais: na lista, o então candidato ainda colocou que criaria uma Superintendência de Futebol para o Corinthians, a qual subordinaria o profissional e a base. Mas isso nunca se tornou uma realidade.
De todo modo, ainda conforme o ge, Andrés Sanchez cumpriu a missão que considerava ser a mais importante: equacionar a dívida da então Arena Corinthians. O mandatário fechou um acordo de e para pagar R$ 269 milhões até o final de 2039 – este contrato será assinado após a finalização da recuperação judicial da Odebrecht.
Outras marcas da terceira gestão de Andrés Sanchez no Corinthians: ele fez 39 contratações, criou a polêmica categoria Sub-23 e sofreu diversas cobranças na Justiça. Para ele, como relatou ao ge, a sua diretoria foi nota 6,5 ou 7.
Quer saber como se prevenir do coronavírus? #FiqueEmCasa e clique aqui.