Ao bater o Palmeiras, São Paulo de Ceni mostra que a simplicidade ainda funciona muito bem
Por Lucas Humberto
A invencibilidade do Palmeiras caiu. Curiosamente, entre as raríssimas derrotas dos comandados de Abel Ferreira em 2022, há duas quedas para o São Paulo de Rogério Ceni. Esse que precisou superar a virada nos acréscimos da última segunda-feira (20), pela Série A. Felizmente para os tricolores presentes, três dias depois, não havia abalo emocional dentro das quatro linhas do Morumbi.
Pela Copa do Brasil, talvez o único "Calcanhar de Aquiles" são-paulino ainda existente, a vitória por 1 a 0 é magra. Magérrima, aliás. Ainda mais se tratando de um mata-mata decidido no caldeirão que é o Allianz Parque em clássicos. Mas merece ser celebrada como é: um triunfo diante do melhor e mais entrosado clube brasileiro.
Na noite desta quinta-feira, 23, Ceni não repetiu os mesmos erros do embate que encerrou a 13ª rodada do Brasileirão. Não houveram substituições descoordenadas, recuo aos 10 minutos do segundo tempo ou desistência ofensiva. Houve, pelo contrário, marcação alta, concentração máxima e entrega durante 90 minutos. Faltou só letalidade. Pena que é isso que determina quem avança.
Só se bate o Palmeiras assim. Gabriel Neves, implacável no meio-campo, terminou a partida visivelmente esgotado, mas igualmente satisfeito. Ao segurar o ímpeto de Gustavo Scarpa, ele minou a construção alviverde e, consequentemente, desmontou o melhor setor de Abel. No último terço, o Verdão ainda não é brilhante. Talvez seja, quando Merentiel e Flaco López estrearem.
A equipe alviverde não terá muitas derrotas ao longo da temporada. Em seu próximo compromisso, por exemplo, pega o Avaí, pelo Brasileiro. Quer melhor maneira de se recuperar? Mas, a boa notícia ao restante dos clubes da Série A é: sim, é possível bater o Palmeiras. Desde que os 11 adversários em campo estejam vigilantes em cada segundo que corre no ponteiro. Atenção, basta atenção...