Após recorde de folga, decisão do Grêmio de poupar atletas em segunda partida de 2021 vai contra qualquer realidade
Por Fabio Utz
Desgaste? CK fora da normalidade? Viagem longa? As justificativas do Grêmio para poupar quatro titulares do duelo deste sábado, contra o Fortaleza, pelo Campeonato Brasileiro, não convencem mais ninguém. Ou, ao menos, não deveriam convencer.
Analisemos. O Tricolor foi o clube que mais descansou seus atletas na virada de 2020 para 2021. Nenhum grupo recebeu quatro dias de folga para curtir a festa como bem quisesse. O que se viu, através das redes sociais, foi um jogador em cada canto do país - e com todo direito, diga-se de passagem.
O retorno às atividades aconteceu somente na última segunda-feira, 48 horas antes de a equipe enfrentar o Bahia. Pois, um jogo depois, com o próximo compromisso sendo apenas na outra sexta-feira, e a comissão técnica, certamente com o respaldo da direção, decide deixar Vanderlei, Kannemann, Jean Pyerre e Diego Souza em Porto Alegre? Não há nenhuma razão plausível para isso.
Até fevereiro, o time só tem o Brasileirão com que se preocupar. Ou seja, até a famosa opção de preservar nomes de olho em compromissos eliminatórios ou decisivos se esvai. Se Paulo Victor, David Braz, Pinares e Churin fossem do mesmo nível dos titulares, nem assim eu apoiaria esta atitude. É hora de mostrar que o clube quer ganhar, que o clube pode ganhar. Mas acho que ninguém quer fazer isso. Ah, e apenas para terminar: mesmo se vencer o Leão e assumir provisoriamente a vice-liderança (à espera dos duelos de seus rivais diretos, que acontecem entre domingo e segunda), irei manter minha posição. Afinal, jogador não é feito de açúcar e é (bem) pago para jogar.
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